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Ações ecológicas, doações e Paraolimpíadas

Autor original: Maria Eduarda Mattar

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Não só do Citius, Altius, Fortius inscrito na bandeira viveram os Jogos Olímpicos de Sydney. Não, também não foi só do espírito olímpico de Eric Moussambani (o nadador de Guiné Equatorial que encantou o mundo), ou da determinação do nadador deficiente auditivo Terrence Parkin (um sul-africano que, apesar de sua condição, foi prata nos 200 m peito). Também não será só a superação, a quebra de recordes ou a alegria dos atletas de Timor Leste que ficarão na memória de quem acompanhou a última olímpiada do milênio. Os jogos da Austrália foram pontuados por manifestações ecológicas do Greenpeace e doações de atletas. Além disso, não podemos esquecer que as Paraolímpiadas estão vindo aí.


A organização Greenpeace deu medalha de bronze para os jogos da Austrália - cuja pretensão era ser reconhecido como os Jogos "Verdes". Na avaliação da entidade, não foram atingidas todas as metas que haviam sido previstas para que estes jogos fossem as primeiras olimpíadas ambientalmente corretas da história. Porém, entre os avanços atingidos, estão: a utilização da energia solar; a implantação de um sistema de reciclagem de água que permite o tratamento de água de tempestades e do esgoto; o estímulo ao uso de trens e ônibus movidos a gás e o sistema de reciclagem e compostagem de resíduos durante a realização dos Jogos. Foram anunciados, ainda durante os jogos que terminaram, esforços para salvar as florestas e as baleias ameaçadas de extinção na área do Oceano Pacífico, duas das principais lutas dos ecologistas da região na atualidade. Assinaturas foram coletadas e enviadas ao governo australiano, em protesto contra a continuidade da caça às baleias. Mais informações sobre as ações do Greenpeace podem ser obtidas neste site.


A Olympic Aid - uma organização humanitária que assiste crianças, também esteve ativa em Sydney. A entidade foi criada em 1994, durante as Olímpiadas de Inverno de Lillehammer, quando o norueguês Johann Olav Koss, ganhador de três medalhas de ouro, convocou seus companheiros para que doassem uma pequena quantia toda vez que um atleta norueguês ganhasse uma medalha. Ao final da competição, a campanha havia arrecadado U$ 18 milhões, revertidos para as vítimas da guerra em Sarajevo. Na Austrália, atletas como Ian Thorpe, o time nacional de vôlei, Muhammad Ali e o próprio Moussambani doaram uniformes, bolas e outros materiais para serem leiloados via Internet, pelo site oficial www.olympicaid.com. A renda será distribuída para: Alto Comissariado da Onu para Refugiados, The Indigenous Sports Program, The Patrick Rafter Cherish the Children Foundation, The Leukaemia Foundation e o Children's Cancer Institute Australia. Mais informações sobre a história da instituição e sobre o leilão on-line podem ser obtidas no site da instituição.







Finalmente, de 18 a 30 de outubro, acontecem os Jogos Paraolímpicos de Sydney, onde estarão envolvidos 125 países, mais de quatro mil atletas portadores de deficiências, dois mil técnicos e mil árbitros. Este contingente especial de esportistas participará das disputas em 18 diferentes modalidades, 14 delas olímpicas. Mais de 500 provas serão organizadas, atendendo à classificação funcional para os portadores de deficiência. A delegação brasileira terá 65 atletas que estão reunidos hoje, 3 de outubro, em Curitiba, para o período final de treinos. É bom lembrar que nem Gustavo Borges nem Robert Scheidt podem ostentar o título de recordista brasileiro em medalhas olímpicas. A designação é privilégio de outro homem: Luiz Cláudio Pereira que, em três participações, acumula seis medalhas de ouro e duas de prata e bateu cinco recordes mundiais e dois paraolímpicos em provas de campo (peso, disco e dardo). Mais informações no site das Paraolímpidadas.


  Greenpeace Internacional


  Site oficial Sydney 2000

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