Autor original: Flavia Mattar
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As 3.700 crianças e adolescentes atendidos pelo Projeto Aldeias Infantis SOS Brasil encontraram uma alternativa de vida mais feliz do que o orfanato ou as ruas: vivem em casas e ganharam uma nova família. Meninos e meninas órfãos ou abandonados, de até seis anos de idade, que já tiveram todas as possibilidades de adoção esgotadas, são encaminhados às Aldeias por Juízes da Infância e da Adolescência, pelos Conselhos Tutelares do Ministério Público ou por outros órgãos governamentais. Um dos princípios do projeto é nunca separar irmãos, que são adaptados juntos ao novo lar.
O Projeto Aldeias nasceu em 1949 na Áustria, idealizado pelo pedagogo Hermann Gmeiner. Atualmente, está presente em 137 países. Chegou ao Brasil em 1967 e hoje conta com 15 aldeias espalhadas por 10 estados.
As Aldeias são conjuntos de 10 a 15 casas que abrigam famílias com até 9 crianças. Uma mãe social cumpre a tarefa de cuidar do lar e dar conforto físico e emocional às crianças, que têm assim reconstituído o ambiente familiar e doméstico. As mães sociais são profissionais contratadas, que recebem salário e têm carteira assinada. Ao ingressar no projeto, passam por um rigoroso processo de seleção e capacitação: a mulher deve ter no mínimo 25 anos de idade, ser solteira, viúva ou divorciada, sem filhos menores ou dependentes, ter escolaridade mínima de primeiro grau, princípios religiosos, equilíbrio emocional e espírito de liderança.
Cada Aldeia conta ainda com um dirigente-administrador, que mora com sua família natural, é o pai simbólico de todas as crianças e o responsável pela orientação e supervisão das mães sociais.
Segundo Marcos Look, assessor de comunicação do Projeto Aldeias, "a família é o nosso ponto de referência para toda a vida. Mais do que oferecer comida, saúde e educação, nosso objetivo é prover as crianças e jovens de afeto e fazê-los sentir que fazem parte de um núcleo, onde têm aconchego e proteção".
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