Pressão via web

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Reunir 10 milhões de mensagens eletrônicas para pressionar os líderes governamentais de todo mundo a cumprir as decisões da Conferência da Convenção do Clima. Esse é o objetivo do site contra o aquecimento global criado por 16 ongs em agosto deste ano. Entre as entidades envolvidas estão Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Greenpeace e Amigos da Terra.

"Faz exatamente 10 anos  que a comunidade científica internacional vem alertando para os perigos das mudanças climáticas no planeta e nada foi feito pelos governos. É por isso que estamos planejando enviar 10 milhões de mensagens - um milhão para cada ano passado sem providências", explicou o diretor da Campanha de Mudança Climática do WWF, Andre Kerr.

Para que o cidadão participe desta campanha, basta entrar no site e clicar no ícone Act Now! para preencher uma pequena ficha com o nome, sobrenome, e-mail e o país onde vive. Depois disso, é preciso selecionar uma das três mensagens pré-elaboradas, para que seja enviada para os líderes governamentais. O internauta também pode assinar uma petição on-line e enviar um cartão postal virtual para um amigo, estimulando-o a participar da campanha. Os primeiros a receberem as mensagens serão os líderes de Governo e de Estado dos países da União Européia.

"As mudanças climáticas estão atingindo nossas vidas de várias formas, seja quanto à produção de alimentos, abastecimento de água, saúde pública ou a ocorrência de desastres naturais. Esse assunto é urgente e deve receber prioridade na agenda dos líderes políticos internacionais", segundo Roger Higman, diretor de campanha da organização Amigos da Terra.

Para o diretor da Campanha de Clima do Greenpeace, Kevin Jardine, está na hora de os líderes mundiais reconhecerem o direito dos cidadãos que votaram neles e começarem a se preocupar com um futuro mais limpo e seguro para suas famílias. "As pessoas querem ação urgente para combater o aquecimento do planeta e o fórum adequado é a Cúpula do Clima, em novembro próximo", concluiu Jardine.