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Um novo mundo é possível

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets










A Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (Abong) passou por uma semana para lá de agitada. Entre os dias 19 e 22 de novembro a instituição esteve envolvida com o International Forum on Capacity Building, um debate que teve como objetivo a formulação de uma agenda para o fortalecimento das ongs do Hemisfério Sul. Antes mesmo deste evento terminar, a associação já iniciava, no dia 21, mais uma empreitada: o seminário "Um novo mundo é possível: As ongs e a luta por um desenvolvimento sem exclusão". Finalizando, no dia 24 de novembro aconteceu a Assembléia Geral da Abong, onde foram apresentados relatórios sobre as atividades da organização, bem como a recente pesquisa encomendada pela Abong ao Ibope, sobre a imagem das Ongs junto à sociedade. Também nesta reunião foram discutidas as diretrizes para o plano de ação dos próximos três anos e eleita a nova diretoria da Associação. 


Reeleito com 76 votos, num total de 78, o presidente da Abong, Sérgio Haddad, conversou com a Rets ao final de uma semana repleta de novidades. Segundo ele, um dos pontos mais importantes do seminário foi a questão dos limites e possibilidades das organizações. "Precisamos rever a relação das ongs com o poder público no que diz respeito à sua autonomia, ou seja, os momentos em que deve ocorrer o diálogo e os momentos em que deve vir a crítica. Por exemplo, com relação às causas indígenas, é de extrema necessidade o apoio do governo. Já com relação aos direitos humanos, fica mais difícil o diálogo, sendo mais comum a denúncia", explica. Outro ponto importante de debate foi com relação à cooperação internacional. "É preciso manter um sentido crítico com relação a essas agencias e, no contato com elas, nunca deixar de dialogar".


O seminário teve como principais objetivos proporcionar às ongs um espaço onde pudessem apresentar e debater os projetos que desenvolvem. Ao todo, estiveram presentes 130 associadas à Abong e mais 40 pessoas de fora, interessadas na discussão. Foram apresentados 11 trabalhos, cujos temas foram a construção de novas cidadanias, sócio-economia solidária, novos direitos, projetos de desenvolvimento local, e a articulação entre o local, o nacional e o internacional. "Esse foi o primeiro seminário aberto que realizamos, o que garantiu uma divulgação do trabalho das ongs para pessoas de fora. Além disso, foi muito útil para definir as prioridades para a próxima gestão da Abong, e para nos prepararmos para o Fórum Social Mundial, que ocorrerá em janeiro, em Porto Alegre", diz Sérgio Haddad.


Veja aqui o resultado da pesquisa Abong/Ibope: Opinião Pública sobre Ongs.

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