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Quando o jovem faz a diferença: uma visão do protagonismo juvenil

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

A oposição de jovens à ditadura militar, o movimento estudantil, os caras pintadas e a Marcha dos 100 mil são alguns exemplos de situações em que jovens atuaram como protagonistas, ou seja, que tomaram para si a responsabilidade pela promoção de mudanças. Na verdade, o protagonismo juvenil entre adolescentes de classe média não é algo novo. A novidade está no fato de que os jovens das favelas, de periferias e das ruas começaram a aparecer como atores na sociedade, ao invés de serem citados apenas como problemas.


"Os jovens têm que ser reconhecidos como sendo capazes de dar sua contribuição à sociedade. Uma contribuição que só eles têm o potencial de dar. É preciso valorizar isso", alerta Lorenzo Zanetti, coordenador do SAAP (Serviço de Análise e Assessoria a Projetos). Segundo ele, as tribos indígenas valorizam e reconhecem muito mais a contribuição dos mais novos.


"Não é comum, natural, a nossa sociedade reconhecer o papel do jovem, ainda mais o do jovem carente. O mais comum é considerarmos que estes últimos têm uma carência também de cabeça, o que é um grande equívoco", lamenta Lorenzo.


Existem várias formas de os jovens serem tocados e chegarem a atuar como protagonistas. "Um jovem carente pode participar de uma oficina do "Teatro do Oprimido" e ser motivado a desenvolver algum projeto na comunidade onde mora. Pode ver a campanha do beija-flor do Betinho, em que o pássaro tenta apagar um incêndio sozinho - demonstrando que é preciso que cada um faça a sua parte - e querer dar a sua contribuição para a sociedade. Nós recebemos também muitos telefonemas de pessoas que assistiram ao grupo de rap e hip hop "O Rappa" e que se sentiram motivadas a exercitar uma participação social", relata o coordenador.


As igrejas, não importa de qual religião, têm um papel muito importante no estímulo ao protagonismo juvenil, uma vez que são o primeiro espaço onde os jovens carentes são valorizados e reconhecidos como indivíduos. Além disso, existem organizações, como o grupo "Se essa rua fosse minha" e o "Afro Reggae", que também estimulam lideranças de jovens em comunidades carentes.

Leia mais no artigo de Lorenzo Zanetti, na seção Em Destaque.


Contatos:


SAAP
http://www.fase.org.br


Afro Reggae
http://www.afroreggae.org.br

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