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Censura.com.br acredita na culpa dos provedores

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Os integrantes do site censura.com.br estão empenhados, neste momento, em aprovar o Projeto de Lei nº 84/1999, que atualmente tramita no Congresso Nacional. Trata-se de uma legislação que pretende responsabilizar o provedor pela troca de conteúdo pornográfico, envolvendo crianças, na web.


"Nossa briga maior é com os provedores. Os menores ainda têm mais controle sobre seus conteúdos, o que não acontece com os maiores. Sem fiscalização, qualquer um pode omitir, na hora de fazer um contrato com um provedor, que conteúdo pretende exibir. Eles deveriam estar investindo na contratação de pessoal para o controle prévio de imagens que são trocadas em salas de bate-papo e do conteúdo apresentado nos sites", acredita Anderson Batista de Miranda, um dos coordenadores do censura. com.br.


Segundo ele, a próxima batalha será por bloquear a entrada de qualquer site de pedofilia no Brasil. "Assim que recebêssemos a denúncia, entraríamos em contato com a Embratel, que poderia bloquear o conteúdo ilícito. O problema é que atitudes como estas são raras e por vezes interpretadas como violação à liberdade de expressão". Contudo, os idealizadores do site entendem que deve haver liberdade de expressão com responsabilidade. "Nada mais que uma forma de censura, todavia, uma censura necessária", diz Anderson.


A pedofilia movimenta 5 bilhões de dólares por ano, de acordo com Anderson. Ele afirma que há "um grande provedor" investindo milhões de dólares em um portal de pornografia, contratando uma empresa especializada em conteúdo pornográfico, que inclusive, já foi condenada judicialmente por promover este crime na rede. Atualmente este mesmo provedor mantém uma " campanha contra a pedofilia".


Anderson alerta também para o fato de que, com a banda larga, a pedofilia não está mais se restringindo apenas a fotos. Estão surgindo filmes. "O interessado pode assistir a cenas do vídeo para saber se quer ou não adquiri-lo", conta.


Com relação a prisões, Anderson diz que os provedores e os donos das empresas de pedofilia nunca são punidos. Os usuários é que sempre acabam na mira da justiça. "Mesmo assim, existem vários artifícios para escapar. Uma vez, um pedófilo foi libertado porque alegou que as fotos que tinha não eram reais, ou seja, se tratava de uma manipulação de imagens", conclui.

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