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Brasil está na Bíblia do Meio Ambiente

Autor original: Maurício Jun Handa

Seção original: Novidades do Terceiro Setor






Em parceria com a UMA Editora, foi lançada no último dia 26 de janeiro a edição 2001 da obra reconhecida internacionalmente como a Bíblia dos Ambientalistas. Publicada pela terceira vez no Brasil, Estado do Mundo é organizada pelo WorldWatch Institute há 18 anos, em 36 idiomas, com dados e tendências socioeconômicas e ecológicas do mundo. A novidade é que, pela primeira vez, o trabalho dá espaço - e de honra - para o Brasil.


A "bíblia" trata do caso brasileiro logo no primeiro capítulo, em texto escrito pelo Presidente do Worldwatch, Christopher Flavin. Em "Planeta Rico, Planeta Pobre", Flavin trata das discrepâncias sociais e ambientais observadas em Salvador. Os contrastes, entre a "aparência totalmente moderna" da capital e as favelas da sua periferia, são diretamente proporcionais ao que acontece na relação entre a diversidade ecológica da Mata Atlântica local e os 93% de floresta que já foi destruída para dar lugar à pecuária ou à exploração de produtos florestais.


A presença brasileira na obra mostra também o país como líder entre as potências ecológicas. O texto considera essencial, "para se atingir um progresso econômico e ambiental acelerado no novo século", a atuação de um grupo que o autor e a organização lançam com o nome de E-9 (Environmental 9). Nele, estariam reunidas as nove maiores potências ecológicas mundiais: África do Sul, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Rússia e União Européia. A sua função seria a de representar especialmente a sociedade civil organizada - e não somente interesses governamentais ou comerciais - nas negociações com o G-8.


Para Eduardo Athayde, diretor da Universidade Livre da Mata Atlântica (UMA), ong responsável pela publicação e distribuição do Estado do Mundo no Brasil desde 1999 e parceira do Worldwatch, é fundamental a adoção de uma mentalidade e de medidas que ele chama de "econológicas", ou seja, que integrem o social, o econômico e o ecológico. "Só assim, e com a montagem de uma nova economia, haverá desenvolvimento sustentável", diz.


A publicação ainda aborda temas como o transporte, a solução para a questão da dívida externa e o controle do crime ambiental em âmbito internacional. As fontes dos dados utilizados são as mais diversas.


Por ostentar um status semi-oficial no exterior, o livro pode ser considerado, de fato, um relatório da situação ecológica mundial, utilizado pela ONU, por universidades e até por empresas em busca de um melhor direcionamento para os seus investimentos. Segundo Eduardo, no Brasil, a procura por parte das instituições privadas vem crescendo.


A edição brasileira do Estado do Mundo pode ser adquirida pelo site do Worldwatch ou pelo telefone da UMA Editora: (71) 312-7897.

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