Rede SACI promove infoinclusão

Autor original: Graciela Baroni Selaimen

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Além da adaptação de sites, existem ferramentas de informática – softwares (programas) e hardwares (equipamentos, como teclado) - capazes de permitir o acesso dos portadores de deficiência no mundo da tecnologia. A Rede SACI, por exemplo, está se preparando para lançar o Kit Saci 2, com programas direcionados para portadores de deficiência motora. O primeiro kit, disponibilizado gratuitamente no site, facilita a vida de pessoas com problemas visuais.

O kit Saci 1, ainda disponível no site da Rede SACI, é uma versão compacta e constantemente atualizada do DOS VOX criado pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O DOS VOX é uma espécie de sintetizador de voz. O segundo kit trará como novidade o teclado amigo, criado pelo mesmo Núcleo. “Existe a dificuldade ou impossibilidade de pessoas com problemas motores controlarem efetivamente o teclado e o mouse. Assim, esse sistema, que abrange um conjunto de diversos programas, permitirá que sejam executadas tarefas no computador com o mover de um dedo, fechar de olhos ou até mesmo um sopro, entre outros movimentos de qualquer parte de corpo exercidos de forma controlada”, explica Marta Gil, gerente da Rede SACI.

Segundo ela, muitas ferramentas como essas já foram criadas, mas ainda não são o suficiente. “Há muitos tipos de deficiência, como a mental, auditiva, visual, física, orgânica e múltipla. Cada uma delas é um universo, com características e demandas próprias. Além disso, dentro de cada uma há especificidades. Por exemplo, existem diferenças que precisam ser levadas em consideração na hora de formular uma ferramenta para uma pessoa totalmente cega e para outra que tem visão residual”, explica.

Marta conta que o desenvolvimento dessas ferramentas exige tempo e recursos. “Como os portadores de deficiência nem sempre têm acesso a trabalho, nem sempre têm recursos para usufruirem desses produtos. Por outro lado, os empregos cada vez mais demandam conhecimentos de informática. Pronto, temos um círculo vicioso e perverso”, conclui Marta.