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Projeto ASA busca parceiros

Autor original: Maria Eduarda Mattar

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor











Através da arte-educação, o projeto ASA, desenvolvido desde o ano passado pelo Instituto Gtech Cidadania e Cultura, leva para crianças entre 7 e 17 anos uma inusitada combinação: arte e informática, um complementando o outro. Atualmente, o projeto - que tem verba anual de R$ 400 mil - funciona em um único núcleo, em São Paulo, mas pretende crescer e se estabelecer em mais duas cidades, Rio e Brasília.


Para participar do projeto, as crianças precisam estar matriculadas na rede pública de ensino. Atualmente, o núcleo do ASA beneficia cerca de 300 jovens numa parceria com o Promove, entidade que atende a crianças. Leonardo Brant, do Instituto Pensarte - instituição que presta assessoria e consultoria ao projeto - explica: “Pretendemos ocupar o tempo ocioso de crianças de comunidades carentes e canalizar sua energia através da arte.”


O dia-a-dia funciona da seguinte forma: o grupo é dividido em duas turmas, uma com crianças de 7-12 anos incompletos e outra de com alunos de 12-17 anos. As turmas têm duas aulas semanais - uma de computação e outra de arte -, no núcleo formado dentro do Promove. O espaço tem duas salas de aula, incluindo computadores ligados à Internet, “para uso em pesquisas e para troca de informações e experiências”, afirma Leonardo.


Mariângela Carvalho, diretora administrativo-financeira do Instituto Gtech, explica que a metodologia implementada pelo coordenador pedagógico do programa, o artista plástico Odilon Cavalcanti, é simples: “Primeiro trabalhamos no sentido de deseducar o aluno, quebrar seus vínculos e, depois, mostrarmos para ele que a arte é um meio de ele se expressar, de ele representar seu modo de ver o mundo. Não é um bicho-de-sete-cabeças.” Essa deseducação ocorre tanto em relação à arte quanto em relação à informática, com as crianças aprendendo a usar aplicativos simples e “domarem o bicho”.


Todo o material produzido pelas crianças durante as aulas de arte é arquivado. A intenção é fazer uma exposição em setembro, na Funarte que, por sua vez, será grande parceira do projeto. Além de disponibilizar o espaço para a exposição e para visitas das crianças ao longo do ano, a instituição será palco de workshops temáticos que servirão para balizar até mesmo os trabalhos da exposição.


Quanto à abertura de novos núcleos, a intenção final é que se ponha mais cinco em funcionamento. No entanto, no momento o ASA está com edital para implementação de núcleos no Rio e em Brasília. Instituições destas duas cidades podem se candidatar a firmar convênio com o Instituto Gtech. Para tanto, é necessário que a entidade tenha mais de 3 anos de existência, atuação comprovada com, no mínimo 320 crianças e jovens na faixa etária entre 7 e 17 anos, apresentar certificado de utilidade pública federal ou certidão equivalente, possuir equipe especializada em assistência social e capacidade física de abrigar o projeto.


Entre as vantagens para as instituições parceiras está a reforma feita pelo Instituto, fornecimento de mobília e de computadores e a assinatura das mídias do projeto. Há ainda a possibilidade de utilização das ferramentas do ASA em outras atividades fora dos horários das aulas, bastando que se apresente um projeto para a utilização das mesmas. “É uma via de mão dupla: transferimos o nosso know-how e aprendemos com a instituição, também”, explica Mariângela.


As instituições que desejarem se candidatar podem fazer o download do edital. O prazo termina em 20 de abril. As informações devem ser enviadas por correio ao Instituto Gtech Cidadania e Cultura: Rua Guararapes, 1909, 10º andar, São Paulo, SP Cep 04561-004, aos cuidados de Luciana Aguiar. Mais informações pelo correio eletrônico Luciana.Aguiar@gtech.com.

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