Autor original: Flavia Mattar
Seção original: Notícias exclusivas para a Rets
Garantir a inclusão social do idoso é um desafio para as organizações do terceiro setor. De acordo com o Guia da Terceira Idade, existem hoje no estado de São Paulo cerca de 4 mil grupos de integração da população acima de 60 anos, o que inclui desde iniciativas informais e de bairro até ongs estruturadas.
O Serviço Social do Comércio (Sesc) de São Paulo é considerado o pioneiro no desenvolvimento de projetos voltados para a melhoria da qualidade de vida dos idosos brasileiros. Com a ajuda de ongs e de órgãos governamentais, o Sesc já inseriu cerca de 275 mil idosos em atividades culturais e sociais. O objetivo é reintegrar essa parcela da população à sociedade, de modo a contribuir para resgatar sua auto-estima, evitando a apatia, a solidão e a tendência à depressão. Em 2001, declarado o Ano Internacional do Voluntário pela ONU, o Sesc está estimulando o voluntariado entre os idosos.
O Instituto Vivendo, credenciado no Fórum Permanente da Política Nacional e Estadual do Idoso do Estado do Rio de Janeiro, aposta na valorização do idoso e na necessidade de despertar seu interesse em retomar sua vida produtiva. Para isso, investe na oferta de cursos, encontros e debates, entre outras atividades. Além disso, promove a requalificação profissional e a geração de trabalho e renda.
"A mais grave ameaça à velhice é a exclusão social a que o idoso está exposto. Acreditamos que os projetos neoliberais acentuam e aprofundam essa exclusão. Esse é o eixo principal de nossa preocupação. Sabemos que o que está reservado para a idade mais avançada é ‘chumbo grosso’, literalmente ", diz Maria José Ponciano Sena Silvestre, coordenadora geral da instituição.
Outra instituição muito atuante na luta pelos direitos da terceira idade é a Associação Nacional de Gerontologia (ANG). Entre as atividades que oferece, estão cursos de atualização em gerontologia social, juntamente com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); curso de preparação de cuidadores de idosos; encontros para o debate sobre o envelhecimento e cidadania da terceira idade; a publicação de livros e revistas, entre outras atividades.
"Tanto os idosos com problemas de saúde quanto os sadios costumam colocar como as principais carências a questão do descumprimento de leis, em especial, em relação aos transportes, ao atendimento em hospitais e bancos, entre outros estabelecimentos. Outro fator de queixa são negligência e maus tratos de ordem familiar, entre outros tipos de violência", relata o professor Serafim Fortes Paz, coordenador do Fórum Permanente da Política Nacional e Estadual do Idoso do Rio de Janeiro e diretor técnico-científico da ANG – Seção Estadual Rio de Janeiro.
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