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Reciclar é a melhor alternativa

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Existe uma forma de diminuir a quantidade de lixo sem tratamento que vai parar nos lixões: a reciclagem. Isso significa mais qualidade de vida, uma vez que o solo, a água e o ar passam a ser menos poluídos. Muitas organizações do terceiro setor têm investido nesse tipo de projeto, demonstrando que o lixo também pode virar objetos de arte e móveis, além de servir como fonte de renda e ocupação para vários brasileiros.


Catadores de papel de Belo Horizonte trabalharam por mais de quatro décadas na cidade de forma marginal. Dez deles se uniram e, em 1990, fundaram a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável de BH (Asmare) – o objetivo principal era a constituição da categoria. Hoje, dispõem de lugar adequado para a triagem dos recicláveis coletados, que não ocupam mais as calçadas nem causam problemas à manutenção da limpeza pública. Além disso, a Asmare oferece capacitação para o trabalho com material reciclável, em que são debatidos a diferença entre aterro sanitário e lixão, a importância da reciclagem do maior volume de lixo possível produzido pelas cidades e os cuidados necessários com a saúde para exercer a atividade de catador. Muitos dos objetos coletados são manipulados por ex-moradores de rua e transformados em bonitos objetos para decoração que são expostos no Espaço Reciclo Cultural, da Asmare.


A Fundação Ondazul está transformando o lixo em móveis. Em Vigário Geral funciona um espaço para a reciclagem de garrafas PET, o que ajuda a erradicar o problema do despejo indiscriminado desses objetos biodegradáveis. Atualmente, treze pessoas, entre adolescentes e adultos, trabalham na seleção, preparação das garrafas e montagem dos móveis – poltronas e pufes. O objetivo é capacitar a comunidade a formar uma cooperativa que deverá continuar o trabalho, além de criar a conscientização ambiental, fundamental para a melhoria da qualidade de vida.


A Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) de Mauá, em São Paulo, está utilizando o lixo, mais precisamente plástico, como uma forma de geração de renda para o sustento de seus internos, que precisam, mensalmente, de R$ 1.200 cada um. O material trabalhado sai do Centro de Triagem e Beneficiamento de Plásticos da Apae de Mauá para 12 empresas consumidoras, como a Recipet (empresa da Rhodia para a produção de fios, linhas e tecidos feitos do material reciclado). O PVC e o polietileno reciclados podem ser usados na produção de conduítes e sacos para lixo e o polipropileno é usado na fabricação de saltos de sapatos, entre outros.

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