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Será que o programa estadual é a melhor solução?

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Para Anna Christina Cardoso de Mello, coordenadora do Programa Criar, da Fundação Orsa, iniciativas como o programa "Um Lar para Mim", desenvolvido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, devem ser cuidadosamente avaliadas.


"Isso tudo precisa ser feito com extremo cuidado. É muito importante analisar a real motivação da pessoa que pretende adotar uma criança. Os interessados ganham pouco, até cinco salários mínimos. O dinheiro que estão oferecendo por cada adoção é bem considerável", alerta Anna Christina, que apresenta como um de seus projetos o "Adotar".


Entre os sub-projetos do Adotar está o Guia da Adoção, uma publicação gratuita criada em abril do ano passado por profissionais de todo o Brasil, das mais variadas áreas. O guia foi organizado com uma linguagem bem simples, para que todos possam desmitificar a imagem da adoção como um bicho de sete cabeças.


Entre os temas abordados está o registro ilegal de paternidade, que é quando uma pessoa registra a criança com o seu nome, sem que haja adoção. "Isso é crime e acontece muito no Brasil", diz Anna Christina.


Outro ponto tocado pela psicóloga é o abandono de crianças adotadas. "Existe todo um cuidado para que isso não aconteça. A criança convive um tempo com os futuros pais antes que corra a papelada da adoção, como uma forma de promover a aproximação. Apesar disso, existem casos de desistência depois que termina todo o processo legal. Além de ser contra a lei abandonar um filho depois de adotado, passar por uma situação como essa é muito ruim para a criança, que vivencia um duplo abandono", conclui Anna Christina.

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