Por um Brasil livre de transgênicos!

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Estimular a participação popular promovendo debates, seminários e publicando cartilhas são alguns dos objetivos da Campanha Nacional por um Brasil Livre de Transgênicos. A iniciativa surgiu em 1999, quando um grupo de ongs que tratava de questões ambientais, agrárias e de consumidores, preocupadas com as conseqüências que os alimentos geneticamente modificados poderiam trazer para a saúde da população, para o meio ambiente e para a economia do país, se uniram em torno desse projeto único.

"Como principais resultados obtidos pela campanha até o momento eu poderia citar os testes realizados para detectar a presença de ingredientes transgênicos em alimentos nacionais e importados, realizando ações diretas em supermercados para divulgar produtos transgênicos nas prateleiras e denunciando campos experimentais autorizados em dissonância com determinações legais, entre outros exemplos", explica Magnólia Azevedo, presidente do Esplar – Centro de Pesquisa e Assessoria. "Desde 1998, o Idec e o Greenpeace estão atuando para impedir na Justiça o cultivo comercial da soja transgênica Roundup Ready, da Monsanto. A campanha também promove seminários no Congresso Nacional, participa de audiências públicas e promove júris populares, ampliando a discussão e verificando a rejeição cada vez maior aos transgênicos", acrescenta Mariana Paoli, coordenadora da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace.

Aqueles que integram a campanha podem atuar em sua comunidade estimulando a discussão sobre os transgênicos em associações comunitárias, escolas, igrejas, organizações de trabalhadores e diversos outros setores. "Ações conjuntas e organizadas têm mais chances de atingir seus objetivos, chamando a atenção da sociedade e da mídia. Por isso, escrever artigos em jornais locais, propondo a suspensão do cultivo, da comercialização e do uso de transgênicos e estimular a realização de audiências públicas também são alguns dos exemplos de atuação para iniciar uma campanha local", diz Mariana.

Para fazer parte da campanha basta mandar uma mensagem para campanhatransg@uol.com.br. Todos receberão, gratuitamente, um boletim semanal. Nos lugares onde não há núcleo da iniciativa, os interessados podem formá-lo. Assim, começarão a receber documentos de apoio e suporte para reuniões e eventos, indicando especialistas para falar sobre o assunto. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3066-1184.