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Informativa agiliza desenvolvimento sustentável de municípios brasileiros

Autor original: Marcos Lobo

Seção original: Novidades do Terceiro Setor






A Secretaria-Executiva do Conselho da Comunidade Solidária acaba de lançar o Informativa, o mais novo site para troca de informações, repasse de orientações e experiências entre centenas de municípios espalhados por todo o Brasil.


O Informativa foi criado para dar mais agilidade ao Comunidade Ativa, programa idealizado pelo Governo Federal em 1999, e que conta com a participação conjunta de Estados, Prefeituras e sociedade civil organizada para a promoção do desenvolvimento local e sustentável nas regiões mais pobres do país.


"Em pouco tempo será o maior banco de dados sobre exclusão social do Brasil", prevê Osmar Terra, secretário-executivo do Comunidade Solidária. Segundo ele, a grande virtude do site é a rapidez para a troca de informações entre o resto do país e Brasília.


"O Informativa vai possibilitar um contato permanente com os gestores locais em qualquer lugar do Brasil. É fundamental para o Comunidade Ativa andar mais rápido e funcionar como uma rede de articulações", afirma.


Apesar de ainda estar funcionando em caráter experimental, o site pretende ser um espaço aberto a todos os municípios brasileiros, oferecendo oportunidades para bate-papos e reuniões virtuais entre líderes locais e os coordenadores do programa.


Inicialmente, 157 municípios foram escolhidos para fazer parte do Comunidade Ativa. O critério utilizado pelo Comunidade Solidária baseou-se no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada cidade e ainda na capacidade de organização da região.


Além de facilitar e agilizar a troca de informações, o Informativa também é visto como uma grande economia para o governo. "Ele evita viagens e gastos com passagens aéreas e hospedagem", ressalta Terra.


DLIS


Lançado em 1999, o Comunidade Ativa é uma proposta alternativa para a redução dos problemas sociais e econômicos das localidades mais pobres do país. O objetivo é deixar que as próprias populações locais decidam sobre os rumos de sua comunidade. De acordo com o governo, essa iniciativa deverá romper com as práticas assistencialistas presentes em diversos projetos de redução de pobreza.


O programa é apenas uma parte de uma estratégia mais ampla de combate à pobreza, compondo o plano de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS). Trata-se de uma forma de incentivo ao surgimento de comunidades mais sustentáveis, capazes de suprir suas necessidades imediatas, descobrir ou despertar vocações locais e desenvolver potencialidades específicas.


"É um programa que muda toda a lógica de trabalho social. Pela primeira vez no Brasil estamos implantando um projeto que vai de baixo para cima, pois é a comunidade que faz a sua agenda de prioridades", explica Terra.


Capacitação


"A capacitação mudou o espírito das pessoas aqui, nós passamos a nos organizar mais", afirma Maria de Magdala Torres Feijó, presidente do Fórum do DLIS em Santa Maria Madalena, interior do Estado do Rio de Janeiro.


Os primeiros passos para a implementação dos conceitos do Comunidade Ativa passam pela capacitação das lideranças locais, responsáveis pela elaboração de um diagnóstico dos problemas e obstáculos a serem superados nas suas regiões.


A idéia é estimular as comunidades a "caminharem com as próprias pernas, dependendo cada vez menos do governo". "Aprendemos que não adianta dar apenas o peixe, temos que ensinar a pescar", lembra Osmar Terra.


Toda a estrutura do programa prevê a participação do Governo Federal junto com os governos estaduais e prefeituras de todo o Brasil, além de parcerias com o SEBRAE e entidades da sociedade civil como a RITS.

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