Autor original: Graciela Baroni Selaimen
Seção original: Novidades do Terceiro Setor
Em Santa Maria Madalena, município localizado na região serrana do Rio, todas as atividades vêm sendo feitas pela população local. "Fundamos um Conselho de Meio Ambiente, formulamos demandas e incentivamos o turismo rural", enumera Maria de Magdala, presidente do Fórum do DLIS naquele município. Segundo ela, já é visível a mudança no comportamento das pessoas.
"O povo estava apático, uma vez o pagamento dos funcionários da prefeitura atrasou nove meses, e mesmo assim ninguém fazia nada", lembra.
Com 10 mil habitantes, Santa Maria Madalena teve o seu auge econômico durante a década de 50, com a cultura do café. A agropecuária então tornou-se a principal atividade da região, mas fracassou no início dos anos 80. Na ocasião, ela respondia por 60% do PIB do município - hoje é apenas 20%.
"Nós estamos empenhados em colocar o Turismo como atração aqui na cidade. As pessoas ficam encantadas com a nossa beleza natural", destaca Maria de Magdala.
Em situação oposta está Araruama - que também está na lista das cinco cidades do Estado do Rio escolhidas pelo Comunidade Ativa (as outras são Bom Jardim, São Fidélis e Saquarema).
Situada na região dos Lagos, no litoral fluminense, e famosa por suas praias, dunas e salinas, Araruama sempre foi um pólo turístico no Estado. No entanto, nos últimos anos, a ocupação desordenada da cidade contribuiu para a queda da qualidade de vida da população.
"Hoje, nosso maior problema é a poluição da Lagoa de Araruama. É ela que traz dinheiro para a cidade", reconhece Sérgio Nirello, secretário de Trabalho e Promoção Social de Araruama. Segundo ele, a poluição da lagoa contribuiu para a crise na construção civil local.
"Ninguém tem interesse em construir casas ou hotéis num lugar poluído. Se não despoluírem a lagoa, ninguém mais virá para Araruama", prevê Nirello.
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