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Falta energia e sobram gases poluentes

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Além de estar passando por crise energética, o Brasil atualmente tem outros outros graves problemas de ordem ambiental. Como um grande defensor do Protocolo de Quioto, documento elaborado para diminuir a emissão de gases poluentes causadores do efeito estufa, o país observa com preocupação a posição do presidente norte-americano, George Bush, de não colaboração com o acordo.


"Vejo a postura deste presidente com pesar e reconhecendo que a nação ‘mais desenvolvida do mundo’ é também a mais ignorante, a mais egoísta. Está apenas preocupada com seu american way of life, como se fosse o "umbigo do mundo". Os americanos demonstram com a atitude de seu presidente ignorância e desrespeito à biodiversidade, ignorando a necessária sustentabilidade do planeta. Através da manutenção de um modelo econômico centrado na produção de bugigangas e de exportação de miséria, proporciona privilégios a uns poucos, cujas futuras gerações não mais terão do que usufruir, com as alterações climáticas porvir", acredita Sérgio Mattos Fonseca, diretor da Aprec.


Segundo ele, é preciso criar incentivos para que a indústria substitua em seus processos a utilização de combustíveis fósseis, por tecnologias limpas para geração da necessária energia. "É preciso investir no uso efetivo de energias renováveis no processo de produção, pois isso pode representar um salto qualitativo ambiental, que irá compatibilizar desenvolvimento econômico e meio ambiente", acrescenta Sérgio Fonseca.


Com relação à posição de Bush, Alexandre Araújo, coordenador executivo da Asplan, acredita ser uma postura estúpida, rota, cega, de um indivíduo arrogante que quer negar a responsabilidade que seu país e seu povo têm em relação à problemática do aquecimento global. "Tal atitude, que certamente recebe o beneplácito da maioria do povo estadunidense, deve ser veementemente rechaçada pelos governos responsáveis e pelos povos de todo o mundo", completa.


De acordo com o coordenador executivo da Asplan, as alternativas recaem no esforço conjunto do governo e da sociedade na busca do cumprimento dos tratados e convenções internacionais sobre a matéria; na substituição da matriz "poluente" energética atual por fontes limpas e renováveis de produção de energia. Além disso é necessária a drástica redução do consumismo e da cultura do desperdício, apregoada pelos países ricos e perseguida pelo resto da humanidade.

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