Autor original: Flavia Mattar
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Mobilizar a sociedade e o governo para a aprovação de um projeto de lei que garanta o direito de ocupação remunerada para todos os brasileiros. Esse é o principal objetivo da Campanha do Pleno Emprego, que conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Federal de Economia (Cofecon). A iniciativa, que começou a ser idealizada em 1999, espera recolher de um a dois milhões de assinaturas da população.
"O desemprego atual no Brasil, melhor dizendo, a taxa de desocupação da população ativa, é uma das mais altas da nossa história e afeta a todos os estratos da população, inclusive classes médias e, sobretudo, os jovens. Portanto, há um alto desemprego também entre os qualificados", avalia o autor do livro A Quarta Via - A promoção do pleno emprego como imperativo da cidadania ampliada, J. Carlos de Assis.
Segundo ele, o desemprego só diminuirá com mudanças profundas nas condições do mercado de trabalho. São essas mudanças que dependem de uma virada radical na política monetária e na política fiscal, conforme prevê o Projeto do Pleno Emprego.
"O alto desemprego não é culpa do desempregado, como quer fazer crer o governo, mas sim da política monetária e fiscal restritiva. Essa política só favorece os ricos e os afluentes. Nossa proposta é semelhante ao New Deal do presidente Roosevelt nos Estados Unidos, na década de 30. Queremos, aqui também, um novo compromisso social pela recuperação da renda e do emprego de grande parte da população atualmente excluída do mercado", explica.
Os interessados em saber mais sobre a iniciativa devem acessar http://www.democraciadireta.com.br. Para conseguir a assinatura dos cidadãos serão realizados comícios públicos em Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, serão implementados Comitês de Mobilização pelo Pleno Emprego, organizandos em parceria entre as universidades, sindicatos, associações de moradores e ongs.
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