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Quando sorodiscordantes concordam em viver um amor...

Autor original: Flavia Mattar

Seção original: Os mais interessantes e ativos projetos do Terceiro Setor






Os relacionamentos afetivos e sexuais têm um grande peso na vida da grande maioria das pessoas. Mas isso não estava sendo levado em conta quando o assunto era portadores de AIDS. Essa parcela da população, até o momento, foi tratada de forma individual. Para mudar essa situação, a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), depois de realizar um intercâmbio com o HIV Center for Clinical and Behavioral Studies, da Universidade de Columbia, e a ong norte-americana Body Positive, lançou no Brasil um projeto inédito: Casais Sorodiscordantes.


"A falta de atenção ao tema nos pareceu uma das grandes lacunas existentes em relação aos trabalhos de prevenção no Brasil. Acreditamos que o projeto poderá contribuir para promover a difusão do assunto, fomentar novos trabalhos, criar um espaço de sociabilidade, ampliar o debate e desmistificar o tema", explica a socióloga Ivia Maksud, assessora de projetos da ABIA.


Em um primeiro momento serão convocados casais em geral – pessoas que sejam soropositivas ou soronegativas, concordantes ou discordantes – para a identificação de questões importantes que precisam ser debatidas. Passada essa fase, serão montadas oficinas sobre sexualidade e prevenção, direitos reprodutivos, questões jurídicas, adesão a tratamentos, relação médico-paciente e convivência em redes sociais mais amplas, entre outros assuntos. Além das oficinas poderão acontecer bate-papos informais para tratar de assuntos mais íntimos e de dúvidas particulares, palestras e encaminhamentos dos participantes aos serviços de saúde.


O que Ivia Maksud faz questão de frisar é que "as pessoas ficam juntas ou se separam independentemente de seu status sorológico. Como bem enfatiza o vídeo Diferenças, produzido pela Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo, a presença do HIV em um dos parceiros e a soronegatividade no outro deve ser encarada como outra diferença qualquer. É importante termos cuidado para não criar estereótipos".


Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 223-1040 ou por correio eletrônico – abia@ax.apc.org.

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