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Brasil contra-ataca

Autor original: Daniela Muzi

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Ontem o Brasil inciou uma campanha nos Estados Unidos para sensibilizar a população americana a favor do licenciamento compulsório para a venda de patentes para os medicamentos anti-Aids. A iniciativa - inédita entre os dois países - faz parte do programa de prevenção à Aids. O objetivo é defender a lei brasileira que prevê a quebra de patentes de produtos - entre eles medicamentos - não fabricados no Brasil, três anos após seu lançamento. Ongs internacionais como a Oxfam (Inglaterra), Médicos Sem Fronteiras (França) e a ACT-UP (Estados Unidos) já se aliaram ao Brasil na luta pela aprovação da lei.


O anúncio de meia página foi publicado no jornal The Washington Post com uma foto de uma mulher segurando sua filha e olhos fixos para o leitor dizia: “Aids não é um negócio”. Abaixo segue um texto de três parágrafos explicando que graças à distribuição gratuita do coquetel anti-retroviral feita pelo ministério da Saúde, a qualquer pessoa que necessite, 100 mil brasileiros puderam reconquistar a dignidade e a qualidade de vida, retornaram ao trabalho e aos estudos, bem como a suas famílias e amigos, e vivem hoje um cotidiano normal. "A fabricação local de muitos dos remédios usados no coquetel anti-aids não é uma declaração de guerra contra a indústria das drogas, é simplesmente uma luta pela vida." O anúncio é assinado por seis ongs brasileiras e argentinas.

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