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III Encontro das Águas procura o caminho das pedras para evitar a escassez

Autor original: Graciela Baroni Selaimen

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor

O que as nações vêm fazendo – e o que ainda pode ser feito – para gerir e preservar os recursos hídricos? Quais as técnicas e os conceitos mais modernos para garantir o uso racional da água? Obter respostas para essas questões é o objetivo do III Encontro das Águas, que será realizado de 24 a 26 de outubro, em Santiago do Chile.


Realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), com o apoio do Ministério de Agricultura e do Ministério de Obras Públicas do Chile, o evento vai reunir técnicos, dirigentes e chefes de governo de diversos países para discutir políticas públicas voltadas para a conservação e o desenvolvimento dos recursos hídricos.


O Encontro das Águas promoverá conferências, apresentações e debates técnicos divididos em quatro painéis temáticos: “Conhecimento e bases de informação para o desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos”, “Políticas e estratégias para o desenvolvimento dos recursos hídricos”, “Uso e conservação dos recursos hídricos e importância da irrigação” e “Gestão dos recursos hídricos”. Organizações e pesquisadores com projetos relacionados a esses temas podem – e devem – participar. Até o dia 30 de julho, o IICA estará recebendo os trabalhos.


Segundo Cristina Costa, secretária de Comunicações do Encontro no Brasil, o resultado dos debates do III Encontro das Águas – a exemplo das duas edições anteriores do evento – será um documento que receberá o endosso das autoridades participantes, valendo como uma carta de intenções.


E transformar intenções em realidade deve ser, mais que um desafio, um compromisso. Já no II Encontro das Águas, realizado em Montevidéu, Uruguai, em 1999, o documento oficial produzido ao final dos trabalhos alertava: “Os indicadores disponíveis mostram uma situação de grande preocupação. Diferentes pontos na América Latina e no Caribe poderão sofrer as consqüências de um fenômeno não experimentado pelas gerações anteriores: a ‘escassez de água’. Para diminuir esta crise, são necessárias mudanças radicais nas práticas e atitudes (...), incluindo criatividade e desenvolvimento de uma nova cultura hídrica, não somente entre os usuários, mas também, e principalmente, entre os formadores de opinião e aqueles que formulam as agendas políticas dos governos, dos países e das reuniões internacionais de assistência técnica e financeira”.


A motivação do Encontro das Águas é estimular a harmonia entre o crescimento econômico e a conservação do meio ambiente. Para isso, a questão será abordada de maneira abrangente: das novas experiências de manejo a soluções criativas para o uso da água diante de dificuldades socioeconômicas, geográficas ou climáticas; das mais recentes tecnologias e iniciativas de infra-estrutura hidráulica aos aspectos jurídicos sobre quem tem direito ao uso dos recursos hídricos.

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