Autor original: Daniela Muzi
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Mais um paraíso está ameaçado. A proposta de construção de três hotéis de luxo no arquipélago de Fernando de Noronha é criticada por donos de pousadas, guias turísticos e comerciantes locais, que consideram um boicote à economia local a permissão para investimento externo. Mas, por enquanto, a permissão de construção concedida pelo governo de Pernambuco foi adiada devido a uma moção aprovada na última quinta-feira pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), segundo a qual qualquer novo empreendimento será submetido à elaboração prévia do plano de manejo do parque marinho e da área de proteção ambiental do arquipélago.
A conselheira do Conama Maria Tereza Jorge Pádua acredita que a expansão do turismo nas ilhas mate corais e afaste a rica fauna da região. "Não dá para fazer de Fernando de Noronha uma nova Cancún", disse. Para ela, o local deveria ser preservado para o ecoturismo, não transformado em um ponto turístico de massa.
Os moradores do arquipélago enviaram um dossiê ao Conama com denúncias de destruição do meio ambiente, causada pelo dessalinizador marinho construído pelo governo sobre corais, e alegando que não há como expandir o volume de turistas em Fernando de Noronha, pelas dificuldades no abastecimento de água e pelo impacto no meio ambiente.
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