Autor original: Daniela Muzi
Seção original: Novidades do Terceiro Setor
A ONG Criança Segura entende que o alto índice de acidentes com crianças e jovens deve-se a alguns fatores combinados: em primeiro lugar, a falta de conscientização dos pais e responsáveis sobre os riscos; depois, a falta de informação sobre os cuidados de prevenção; em terceiro lugar, o fato de que produtos nem sempre são desenvolvidos respeitando as normas de segurança (caso existam); por último, a ausência, muitas vezes, de legislação que garanta as normas de segurança. Para os coordenadores da instituição, a legislação existente não é cumprida ou deveria ser mais rígida. A união desses fatores é causa do número de lesões não-intecionais ser tão grande no Brasil.
A Coordenadora Administrativa Nacional da Criança Segura no Brasil, Luciana O'Reilly, conta que estudos realizados nos EUA mostram que 90% das lesões não-intencionais podem ser prevenidas e portanto, podem ser evitadas. Desta forma, informação e educação passam a ser as ferramentas principais da ONG Criança Segura. Segundo ela, ações junto ao governo e fabricantes de produtos são muito importantes a fim de fazer cumprir as leis existentes, melhorá-las, propor novas leis e fomentar o desenvolvimento de produtos mais seguros.
"Para evitar que acidentes ocorram, em primeiro lugar os pais e responsáveis pelas crianças devem se informar sobre quais são as principais causas de acidentes. O site da Criança Segura traz todas as informações necessárias sobre as causas mais comuns de lesões não-intencionais e os cuidados de prevenção que devem ser tomados. Outra importante fonte de informação são os pediatras. A grande maioria dos cuidados de prevenção pode significar uma simples mudança de comportamento, independente de legislação, produtos e investimento pessoal. Por exemplo, guardar produtos de higiene, limpeza e medicamentos longe do alcance das crianças. Proteger janelas, sacadas e escadas com redes de segurança. Não permitir que criança fique na cozinha, (local mais perigoso da casa) cozinhar com os cabos das panelas virados para o lado de dentro do fogão, não carregar líquidos quentes enquanto estiver segurando a criança no colo, ter um cuidado especial com álcool (geralmente de fácil acesso), entre outras medidas de segurança" Luciana dá a dica.
A coordenadora chama a atenção para o fato de existirem alguns produtos desenvolvidos especialmente para garantir a segurança das crianças, como protetores de tomadas e cadeiras especiais para as crianças viajarem de carro - facilmente encontrados em em lojas de brinquedos, de artigos infantis e em alguns grandes supermercados. No entanto, Luciana afirma que a maior dificuldade é a qualidade dos produtos e aconselha: "O recomendável é procurar por produtos que atendam a normas de segurança, e, possuam certificação de qualidade. No caso das cadeirinhas, o ideal são aquelas que atendam às normas brasileira, européia ou americana."
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