Autor original: Mariana Loiola
Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor
O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) já abriu as inscrições para o II Congresso Nacional sobre Investimento Social Privado, que este ano será realizado em Fortaleza, com o tema "A articulação entre o público e o privado na construção de uma nova ordem social".
Realizado pelo GIFE, em parceria com a Fundação Demócrito Rocha, o congresso tem como objetivo debater, consolidar e disseminar os conceitos e práticas do investimento social privado em todo o Brasil e, em especial, na região Nordeste, onde se observa um maior grau de desigualdade social – não é por acaso a opção por Fortaleza. O evento é dirigido a organizações não-governamentais, associados e parceiros institucionais do GIFE, empresários, presidentes e executivos de empresas, fundações e institutos privados, meios de comunicação e jornalistas.
A intenção é incentivar a troca de informações e de tecnologias sociais empregadas pela iniciativa privada no desenvolvimento de projetos sociais, e a realização de novos investimentos. Por consistir - na conceituação do GIFE - "no uso planejado, monitorado e voluntário de recursos privados, provenientes de pessoas físicas ou jurídicas, em projetos sociais de interesse público", o investimento social privado se distingue das iniciativas caritativas ou filantrópicas. "Em vez de iniciativas assistencialistas emergenciais, que buscam apenas a compensação pela situação crítica vivida por indivíduos ou grupos, o investidor social privado busca a autonomia desse indivíduo, para que ele consiga passar ao estágio de cidadão, com direitos e possibilidade de exercer esses direitos", explica Judi Cavalcante, gerente de informação e comunicação do GIFE e coordenador do II Congresso Nacional sobre Investimento Social Privado.
No evento, temas como políticas públicas, redes sociais, legislação e parcerias, serão abordados em conferências e aprofundados em mesas-redondas. O foco de todas as discussões será a importância da articulação entre Estado, mercado e sociedade civil para a construção de uma nova ordem social, com a eliminação da pobreza e das desigualdades sociais. "Precisamos compreender melhor os novos papéis e romper os preconceitos existentes entre esses atores. Acreditamos que essa articulação deve estar na agenda de organizações representativas da sociedade civil, como o GIFE, a Abong e o Ethos", afirma Judi.
O Gife espera reunir em Fortaleza cerca de 400 pessoas, entre profissionais de empresas e terceiro setor, empresários e pesquisadores da área. Haverá também, durante o evento, um intenso trabalho junto à mídia, para que o investimento social privado esteja na pauta de veículos de comunicação do Nordeste e de todo o país. "O tema deve ecoar pelos meses subseqüentes e nossa maior ambição é que ele estimule a ampliação e o aperfeiçoamento das ações da iniciativa privada na área social, contribuindo, a médio e longo prazo, para a redução dos problemas sociais no país", diz Judi.
O congresso, que será realizado entre os dias 24 e 26 de abril, no Hotel Vila Galé, em Fortaleza, tem condições especiais para inscrição de grupos com três ou mais pessoas de uma mesma organização. E quem se inscrever até o dia 22 de março poderá ter um desconto de 20%. A programação já está disponível na página http://www.gife.org.br/congresso2002/. Mais informações pelo telefone (85) 433-8464, ou através do e-mail congressogife@gife.org.br.
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