Autor original: Marcelo Medeiros
Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor
As organizações ambientalistas brasileiras têm mais uma boa oportunidade para divulgar seu trabalho. A revista Superinteressante está promovendo o Prêmio Super Ecologia 2002, que irá premiar os vinte melhores projetos realizados em 2001 ligados à preservação e recuperação do meio ambiente no país.
A idéia surgiu quando os editores da publicação, que acompanha de perto o trabalho de muitas organizações ambientalistas, perceberam a falta de um prêmio que tivesse repercussão nacional e credibilidade. “Constatamos que ninguém está fazendo algo nesse sentido hoje em dia”, afirma o editor especial da revista, Denis Burgierman, para depois dizer o objetivo do prêmio: “Queremos separar o joio do trigo entre os trabalhos das organizações e criar uma tradição de premiação, algo como um ‘Oscar´ do ambientalismo, que repercuta para nossos milhares de leitores”.
Os candidatos serão divididos em seis categorias: água, ar, solo, fauna, flora e comunidade. Cada categoria será subdividida em mais três, baseadas em quem realizou os projetos – empresas estatais ou privadas, governos ou organizações não-governamentais. Além dos 18 escolhidos, um projeto receberá o Grande Prêmio Super e uma pessoa ou instituição será homenageada com o Prêmio Especial pelo conjunto da obra. Os vencedores serão foco de uma matéria em edição especial da revista – a ser lançada em junho – e receberão um troféu.
Os projetos inscritos serão julgados por especialistas. “Gente acima de qualquer suspeita para uma comissão o mais abrangente possível”, segundo o editor da revista. Os jurados são o deputado federal Fernando Gabeira, João Paulo Capobianco, do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), o ex-deputado federal Fábio Feldmann, Paulo Nogueira Neto, um dos primeiros ambientalistas do país, o diretor da Conservation International Gustavo Fonseca e Peter Crawshaw, maior especialista brasileiro em predadores carnívoros. Os seis jurados serão divididos em dois grupos de análise. Três analisarão os projetos de flora, solo e comunidades enquanto os outros serão responsáveis pelos de fauna, ar, e água.
Dos inscritos, serão pré-selecionados três projetos para cada uma das 18 categorias. A partir daí eles serão analisados de acordo com critérios como relevância, resultados apresentados, sustentabilidade e inovação. Os dois primeiros critérios terão mais peso, representando 60% das notas a serem aferidas.
Os projetos relacionados à água devem ter contribuído para
“Espero que todos que estejam fazendo algo de positivo pelo meio ambiente se inscrevam”. Assim Burgierman definiu a expectativa de inscrições, já feitas por grandes organizações não-governamentais e até mesmo escolas que possuem projetos de educação ambiental. Para ele, o prêmio ajudará as organizações não só a divulgarem o seu trabalho como também a atrair gente para ajudá-las e financiá-las. A inscrição para o prêmio pode ser feita no site da revista. Os candidatos devem preencher uma ficha com pequena descrição do projeto – objetivos, recursos empregados e sua origem, tamanho da equipe, equipamentos utilizados, viabilidade etc. Os vencedores receberão o troféu em cerimônia a ser realizada em São Paulo, no dia 27 de maio.
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