Mais esforços contra a dengue

Autor original: Mariana Loiola

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Num passo que vai além da discussão sobre a responsabilidade pela epidemia de dengue deste ano – se é do governo do federal, estadual ou municipal –, o Viva Rio convoca a população para o combate ao mosquito transmissor da doença. "É o terceiro setor fazendo a sua parte", diz Jorge Luiz Almeida, coordenador do voluntariado do Viva Rio, que está promovendo a campanha "Comigo não tem mosquito" em todo o Estado do Rio. 

Na campanha, os voluntários são orientados por técnicos da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e, em seguida, são organizados em mutirões para a distribuição de folhetos explicativos sobre a dengue, conscientização de comunidades, limpeza e inspeção de residências, terrenos baldios e possíveis focos do mosquito. Os voluntários não se aprofundam em informações sobre o tratamento da doença. Como não são profissionais de saúde, eles são orientados a aconselhar uma visita ao médico aos primeiros sintomas da doença – entre eles, febre alta, dor no corpo, manchas avermelhadas e falta de apetite.

Qualquer pessoa acima de 16 anos pode se cadastrar e ser uma aliada no combate à dengue na sua comunidade. Desde o início da campanha, já foram treinados 850 voluntários. "Estamos multiplicando o aprendizado no combate à dengue. É impressionante a adesão da população à campanha. A fila para o treinamento nunca diminui. Apesar de existir ainda muita desinformação, boa parte da população já está mobilizada", diz Jorge.

No Dia D – Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue (9 de março), promovido pelo Governo Federal, a campanha "Comigo não tem mosquito" vai atuar na rede ferroviária com a ação "Estação Limpeza". A ação, que terá início às 10h, será formada por um mutirão, com cerca de 500 voluntários, para fazer uma grande limpeza e conscientizar a população que circula nos trens de que o lixo que é jogado na via férrea é transformado rapidamente em foco de dengue. Ao todo, serão percorridas 19 estações, da Central do Brasil até Deodoro.

O verão se despede neste mês, mas o combate à dengue não tem prazo para terminar. "O combate à dengue tem que ser igual a desfile de escola de samba. Terminada a epidemia do verão, já devemos pensar no próximo ano. A educação e a prevenção contra a doença devem acontecer durante o ano todo", diz Jorge. Enquanto houver riscos, não custa nada continuarmos munidos de água sanitária, borra de café, inseticidas, repelente, cloro e tomarmos as devidas medidas de prevenção, evitando sempre deixar água limpa parada.

A Coordenação do Comitê de Mobilização Social Contra a Dengue do Ministério da Saúde está divulgando uma série de providências que devem ser tomadas nos domicílios, onde estão, hoje, cerca de 90% dos focos do mosquito transmissor da dengue. Um roteiro para a inspeção pode ser encontrado na página http://www.saude.gov.br/temp/diad.htm.

Para participar da campanha "Comigo não tem mosquito" e se tornar um voluntário no combate à dengue, basta entrar em contato com o Viva Rio, através do telefone (21) 2555-3777.