Autor original: Mariana Loiola
Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor
Criado em 1982, numa época em que terceiro setor e responsabilidade social eram conceitos pouquíssimo conhecidos, o Prêmio ECO – Empresa e Comunidade – vem incentivando, anualmente, projetos sociais nas empresas brasileiras. Iniciativa da Câmara Americana de Comércio de São Paulo, na área de cidadania empresarial, o prêmio reconhece e promove projetos de ação social desenvolvidos por empresas privadas nas áreas de cultura, educação, meio ambiente, saúde e participação comunitária.
A edição deste ano tem duas grandes novidades. A primeira é a entrega do prêmio hors-concours, que vai homenagear o melhor trabalho empresarial premiado nesses 20 anos do evento. Para os candidatos, a vantagem é uma maior oportunidade de participação, já que a divulgação e o incentivo são dirigidos a um maior número de empresas. A outra novidade diz respeito à divulgação, que antes se concentrava em São Paulo. "Ela será estendida ao Brasil inteiro, o que possibilitará a visibilidade de projetos das mais diversas regiões", afirma Amélia Tarozzo, gerente de projetos do Prêmio ECO. Seminários e feiras serão organizados como algumas das estratégias de divulgação. "Esses eventos estimularão o contato e o intercâmbio entre projetos que queiram participar do concurso e, ao mesmo tempo, estarão incentivando outras empresas a praticarem alguma ação social", diz.
A participação do setor privado nas ações de desenvolvimento social contribui de maneira significativa para a luta contra a exclusão. Mas será que as empresas já assimilaram a importância da responsabilidade social? A verdade é que, em geral, o aumento da conscientização sobre a responsabilidade social pela sociedade faz com que as empresas adotem ações desse tipo como estratégia de marketing. "As empresas percebem que, hoje, além do preço e da qualidade, os consumidores querem se certificar se a empresa tem responsabilidade social. Percebem também que, se ajudarem a combater a exclusão, poderão aumentar o número de consumidores", diz Amélia. Por esse motivo, os critérios do Prêmio ECO revelam um cuidado com a seleção de projetos que tenham como finalidade o atendimento a necessidades de caráter público, que não se confundam com interesses comerciais privados. Os projetos não devem ser, por exemplo, resultantes de uma obrigação legal imposta à empresa, ou de uma tentativa de minimizar ou anular os efeitos negativos que a atividade da empresa gera na comunidade ou na sociedade. "Não vamos selecionar projetos de empresas que servem para resolver os problemas que elas mesmas provocam", afirma.
Podem concorrer projetos com no mínimo um ano de execução, realizados ou apoiados por empresas privadas de qualquer porte, associações e fundações de empresas de todo o país. "Na seleção, terão prioridade os projetos que beneficiarem o máximo possível de pessoas (que não devem ser funcionários das empresas), que sejam auto-sustentáveis e multiplicáveis", diz Amélia.
As inscrições para o Prêmio ECO vão até o dia 24 de maio e a divulgação dos vencedores está prevista para a primeira quinzena de junho. A ficha de inscrição e o roteiro para apresentação do projeto estão disponíveis na página http://www.amcham.com.br/cidadania/premioeco . Mais informações pelos telefones (11) 5180-3788/3752/3804 ou pelo correio eletrônico premioeco@amcham.com.br.
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