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Prêmio Ethos de Jornalismo

Autor original: Marcelo Medeiros

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor

Atenção, jornalistas! Estão abertas, até 2 de agosto, as inscrições para a segunda edição do Prêmio Ethos de Jornalismo. O objetivo do Instituto Ethos de Responsabilidade Social é reconhecer o trabalho de jornalistas preocupados com a cobertura da responsabilidade social das empresas brasileiras e reportagens que estimulem o empresariado a praticar ações de proteção ao meio ambiente, à cultura, de promoção dos direitos humanos e melhoria de relações entre fornecedores, consumidores e comunidade. Os trabalhos devem ter sido veiculados em televisão, rádio, jornal ou revista entre 1 de outubro de 2001 e 20 de julho deste ano. Infelizmente, o jornalismo na Internet continua fora da premiação.


Em sua primeira edição, realizada em 2001, 345 matérias, fotografias e programas de rádio e TV de 113 veículos de comunicação de 22 estados foram inscritos. Tudo feito por 211 profissionais. “Um resultado muito bom, mais que o dobro do esperado”, analisa Fernando Pacchi, um dos organizadores do prêmio. Foram escolhidos 25 trabalhos pelo júri para ir à final. O vencedor de cada uma das cinco categorias recebeu um troféu e uma viagem para participar da conferência anual do Business For Social Responsibility, em Seattle, Estados Unidos, em novembro. Os temas mais abordados foram comunidade, valores e transparência e meio ambiente. A maioria dos trabalhos (34% ou 117 matérias) foi inscrita na categoria jornal impresso.


Para a segunda edição, as regras são quase as mesmas: equipes de reportagem ou jornalistas que tenham feito suas matérias individualmente podem concorrer com até três trabalhos. No caso dos impressos, devem ser enviados quatro exemplares originais ou cópias com a data de publicação. No caso de reportagens não assinadas, a direção do veículo deve enviar carta com atestado de autoria; para os fotógrafos, um original ou cópia da publicação de forma que possam ser identificados o veículo, o autor e a data de publicação, além de nove cópias da fotografia no formato 13 por 18cm; quatro cópias em VHS de cada trabalho devem ser enviadas para os inscritos na categoria televisão, com etiqueta exibindo o nome do veículo, do autor, o título, a minutagem e a duração. Também é necessária uma carta da chefia de redação com comprovação da data, horário e programa onde foi exibida a matéria; já os radialistas devem enviar quatro fitas cassete com as mesmas informações pedidas para as reportagens televisivas.


Uma das mudanças nas regras é no número de trabalhos que serão selecionados para a final: ao invés de cinco em cada categoria, somente três irão para a cerimônia de premiação, a ser realizada em outubro. Haverá um vencedor em cada modalidade, mas a comissão julgadora pode oferecer o prêmio destaque a um dos finalistas. Em 2001, Eliane Brum, da revista Época, foi a vencedora dessa categoria especial pela matéria “A maldição do amianto”, que descreve os danos à saúde provocados pelo minério e as soluções encontradas pelas empresas que trabalham com ele. O júri afirmou ter sido o trabalho que mais englobou o conceito de responsabilidade social.


Os jurados serão escolhidos pelo Instituto Ethos. No ano passado participaram nomes de grande expressão do jornalismo e do terceiro setor como Geraldinho Vieira, da Agência Nacional dos Direitos da Infância (ANDI) e Leila Reis, crítica de televisão do jornal O Estado de São Paulo. Três pessoas julgarão cada categoria.


Os ganhadores receberão um troféu pelo prêmio. Caso apresentem um projeto de pesquisa, de desenvolvimento profissional ou acadêmico podem receber também uma bolsa-pesquisa de R$ 7 mil. Essa é outra mudança -ao invés da viagem, a bolsa. As modificações se devem a dificuldades na captação de recursos, pois a época de planejamento do prêmio coincidiu com os atentados nos EUA a conseqüente retração do mercado publicitário. O problema também é a causa de não haver uma categoria “Internet”, pois faltou verba para mais um prêmio.


Os finalistas serão divulgados em setembro e a cerimônia de premiação acontece em outubro. Para Pacchi, o prêmio é voltado a toda sociedade, não só aos jornalistas. “A comunidade acadêmica formará líderes com nova mentalidade e a imprensa funciona como indutor de projetos de responsabilidade social, pela pressão que faz. Além disso, o prêmio gera uma ‘inveja empresarial’ saudável –se um faz algo, o outro logo quer ter também e por aí vai”, diz.


As inscrições devem ser feitas na página www.ethos.org.br/sistemas/jornalismo/premio_jornalismo/index.shtml. Após preenchida a ficha, os organizadores enviarão as instruções para o envio dos matérias.


Boa sorte!


Marcelo Medeiros

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