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O comércio justo

Autor original: Marcelo Medeiros

Seção original: Novidades do Terceiro Setor

De acordo com a Federação Internacional de Comércio Alternativo (IFAT), o comércio justo é “uma abordagem alternativa ao comércio internacional convencional. É uma parceria comercial que visa ao desenvolvimento sustentável para produtores excluídos e desprivilegiados. Procura promover melhores condições de troca por meio de campanhas e conscientização”.

O conceito foi desenvolvido na Itália e Reino Unido no final do século XIX, com o desenvolvimento do movimento de cooperativas, que procurava construir uma economia cujo lucro fosse distribuído entre os produtores. As fundadoras dessa prática foram as grandes financiadoras européias, inclusive as religiosas, como a Caritas e a Oxfam. Inicialmente, era uma forma de estimular o comércio com os países em desenvolvimento, mas hoje ela também é praticada em comunidades de países europeus, norte-americanos, africanos e asiáticos.

O norte-americano Mennonite Central Committee, do qual surgiu a maior rede de comércio justo do mundo, a Ten Thousand Villages, começou seu trabalho de geração de renda e criação de empregos na década de 1940. A Oxfam, outra organização de destaque, iniciou seu comércio justo nos anos de 1960. O crescimento foi estimulado no mundo por movimentos políticos de solidariedade, como o de compra de café nicaragüense para apoiar os Sandinistas na década de 1980.

Segundo a Federação Internacional de Comércio Justo (FTF), esse negócio movimentou US$ 400 milhões em todo o mundo no ano 2000, representando 0,01% do comércio global. Entretanto, há grande expectativa de crescimento: de acordo com o relatório de 2002 da FTF, 79% das empresas que operam com o comércio justo esperam ver seus negócios crescerem.

Marcelo Medeiros

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