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Corpo-a-corpo contra a Aids

Autor original: Marcelo Medeiros

Seção original: Os mais interessantes e ativos projetos do Terceiro Setor

Outro ponto importante são as campanhas de prevenção e educação. Freqüentemente equipes são encontradas pela noite de São Paulo e de outras cidades do Brasil em bares, restaurantes, cinemas, boates e até aeroportos distribuindo panfletos a centenas de pessoas. O Solidaried’Aids conta com apoio – nem sempre fácil de se obter - de prefeituras de cidades turísticas e da Infraero, que autorizam a instalação de stands para distribuição de folhetos informativos e venda de broches e adesivos em locais de grande movimento. Por não ter como pagar pelo espaço, o movimento é obrigado a negociar bastante com as autoridades. Mas tudo acaba se resolvendo e os postos são instalados. O kit com os dois produtos é vendido a R$ 5 e é com esses recursos que a Casa Sol se mantém.


Para Dulce Alves, relações públicas do movimento, o que falta às pessoas não é informação, mas conscientização. “A maioria acredita saber tudo sobre DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), mas nem todos se previnem”, diz. Ainda assim, ela reclama das campanhas de prevenção, que só aparecem na mídia em época de carnaval. A distribuição de panfletos é chamada de “Corpo a corpo contra a Aids”, uma brincadeira com a falta de interatividade nas campanhas tradicionais. “Os panfletos não são o meio mais eficiente de divulgação, mas no momento é o principal. Porém, se cada um fizer um pouco, as coisas melhoram”, continua. O Solidaried’Aids, ao fazer suas campanhas em outras cidades, sempre pede aos prefeitos que distribuam preservativos ao mesmo tempo, para estimular a população a se proteger.

Marcelo Medeiros

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