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Ecolatina

Autor original: Marcelo Medeiros

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor

Discutir a educação e a informação ambiental na América Latina é o objetivo central da 5a Conferência Latino-Americana sobre Meio Ambiente, a Ecolatina, que acontece de 24 a 27 de setembro, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG). Ambientalistas de vários países estarão reunidos no evento, cujas inscrições podem ser feitas na página da conferência. (ver link ao lado e mais informações no final desta reportagem).


A Ecolatina se firmou como um dos maiores encontros ambientalistas brasileiros nos últimos anos. A expectativa dos organizadores é ao menos repetir o desempenho do ano passado, quando passaram pela conferência 23 mil pessoas, sendo 17 mil na Feira de Tecnologia. Um pequeno aumento é esperado em função da repercussão da Rio +10 (que acontece em Johannesburgo, África do Sul, até 4 de setembro). Entre os palestrantes confirmados estão o cubano Ricardo Sanches Sosa e o mexicano Enrique Leff, diretor regional e coordenador, respectivamente, da Rede de Educação Ambiental para a América Latina e Caribe do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), além de outros nomes de destaque do meio ambiental.


O tema central deste ano é a educação e informação ambiental, mas ainda serão debatidos biodiversidade, ecoturismo, gestão ambiental, reciclagem, entre outros. A escolha do tema foi feita durante a última conferência. Todo ano, antes do encerramento, os participantes -entre eles representantes de ONGs, empresas, governos e instituições de ensino- fazem propostas para a edição seguinte. “Com certeza a Rio +10 trouxe uma grande preocupação com a educação e isso influenciou na escolha”, diz Ronaldo Gusmão, coordenador-geral da Ecolatina, para quem o tema acabou sendo o ideal. “A Lei de Educação Ambiental (9759/99) acaba de ser regulamentada e a conferência deve apresentar idéias para uma melhor implementação das diretrizes”, afirma.


Água e reciclagem são temas concorridos


Esse e outros assuntos serão discutidos nos 27 eventos da conferência – fóruns, seminários e cursos técnicos, além da Feira Internacional de tecnologia, produtos e serviços ambientais e dos seis salões temáticos. Entre os fóruns programados estão o 4o Fórum de ONGs ambientalistas e o 4o Fórum Latino-americano sobre meio ambiente. O espaço destinado às organizações sociais discutirá temas como as questões apresentadas na Rio +10, mobilização das ONGs e a implementação da agenda 21. Estarão presentes a diretora do Inesc Iara Pietricovsky e Enrique Leff, do Pnuma, entre outros. Já o Fórum sobre meio ambiente deve se concentrar nas discussões sobre a Rio +10.


Os salões que atraem mais pessoas costumam ser o de água e o de reciclagem. “Esses apresentam trabalhos mais concretos e questionadores”, explica Gusmão. O salão da água apresentará produtos e tecnologias ligados a recursos hídricos de empresas e ONGs, além de oferecer jogos e atividades educativas aos visitantes. O de reciclagem traz produtos reciclados e um desfile de moda com materiais reutilizados.


Os outros são o de leitura, que traz publicações sobre meio ambiente; o de mídia, onde veículos de comunicação exibirão suas produções; o presidencial, onde está sendo organizado um debate sobre a questão ambiental com os candidatos a presidente; e a Ecolatina Jovem. Este apresentará projetos de Educação Ambiental de 64 escolas do Circuito Ambiental, grupo de escolas de Minas Gerais e Espírito Santo formado para discutir a Agenda 21 nas salas de aula durante o ano letivo.


As inscrições devem ser feitas de acordo com a participação nos fóruns, cursos e seminários, pois os preços são diferenciados. Os valores vão de R$ 36 (como o 4o Fórum de ONGs ambientalistas, a ser realizado no dia 26) a R$ 324, caso do curso de legislação ambiental, que acontece nos dias 26 e 27. Esses valores são válidos até 10 de setembro. Professores e estudantes universitários podem adquirir passes, que dão descontos na participação das atividades.


 


Marcelo Medeiros

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