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Brasil se torna sede da WINGS em janeiro

A Worldwide Intiative for Grantmaker Support (WINGS), a rede global de associações de apoio a investidores sociais privados, chegará ao Brasil em 2011. A organização, que já passou pelos Estados Unidos, Bélgica e Filipinas, agora terá sua sede fixa em São Paulo, a partir de janeiro. Criada formalmente no ano de 2000, a Wings é uma organização cujo princípio é fortalecer a cultura da filantropia internacional por meio de programas de aprendizado, intercâmbio de conhecimento e aprimoramento profissional de forma local, regional e global. Ao todo, são 140 membros, de 55 países que estarão de olhos voltados para o Brasil. “Concretamente ela reúne essas associações dos mais diferentes países para trocarem experiências práticas como, por exemplo, organizar congressos, envolver melhor fundações, comunicação. Em geral, são questões que trabalham mais no atacado dos desafios impostos a essas associações. Uma plataforma de plataformas”, afirma o chairman da WINGS e secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti. Segundo ele,a vinda do escritório para o Brasil reflete não apenas a imagem positiva que o país mostra no exterior, mas é também reflexo de sua presença e voz na comunidade internacional. Exemplo disso foram os cinco critérios criados para a seleção do novo país sede: estabilidade política, democracia consolidada, desenvolvimento econômico, existência de uma associação de fundações forte e fizesse parte do Sul global. “O Brasil se tornou um importante player internacional, tal como se tornou um dos atores de destaque no investimento social, na busca de soluções estratégicas aos desafios socioambientais”, alega Rossetti. Nesse contexto, a recém-contratada para o cargo de diretora-executiva da Wings, Helena Monteiro, afirma que o Brasil tem muito a ganhar com a vinda da organização. Afinal, não se trata apenas de um espaço, mas de 10 anos de conhecimento acumulado sobre a filantropia no mundo. “O campo do investimento social privado pode avançar seu conhecimento sobre o que acontece lá fora, ao mesmo tempo em que terá a oportunidade de disseminar suas práticas e fortalecer sua filantropia no mundo”, acredita Helena. Segundo ela, em um mundo globalizado os desafios que se impõe não podem mais ser vistos como externos, mas como interdependentes. Além do escritório, que tem o apoio da Fundação AVINA, Helena afirma também que já há uma parceria articulada com o Foundation Center, organização americana que reúne 550 fundações no país, para o desenvolvimento de uma “plataforma de informações para coletar dados”. Isto é, um banco que consiga padronizar a coleta de dados sobre filantropia no mundo – informação inexistente até hoje.  Concomitantemente a isso, a WINGS irá lançar uma série de produtos de conhecimento oriundos dos encontros promovidos pela rede. De acordo com Helena, são espécies de “kits de ferramentas” voltados a associações de investidores sociais, com temas como: como engajar empresas, sustentabilidade de fundações comunitárias, governança, comunicação, políticas públicas e relações com o governo, entre outros assuntos.   “Os eventos realizados pela WINGS fazem parte das demandas diretas dos associados. Não inventamos nada. São os desafios que eles trazem para nós”, lembra Helena. Presente no WINGS Forum 2010, realizado nos dias 18 a 20 de novembro em Como, Itália, a editora-chefe da revista inglesa especializada em filantropia global, Alliance Magazine, Caroline Hartnell, fez uma análise da organização. “Existe um provérbio africano: ‘para ir rápido, vá sozinho. Para ir longe, vá junto’. Este parece ser um bom lema para WINGS. No entanto, deveríamos estimular um conceito mais amplo da palavra ‘juntos’”, chamou a atenção (leia artigo).*Artigo publicado no GIFE por Rodrigo Zavala - editor de conteúdo do GIFE.

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