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Banco de soluções

Autor original: Mariana Loiola

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor

O Brasil que pretende inaugurar este ano uma possibilidade de mudanças profundas na sua estrutura socioeconômica, certamente exigirá uma postura mais participativa da população. Pensando na capacidade da sociedade civil de contribuir com propostas de soluções efetivas para problemas sociais, a Fundação Banco do Brasil (FBB) está realizando a segunda edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Criado em 2001, o prêmio é um instrumento para identificar e selecionar tecnologias desenvolvidas por ONGs, universidades, governos estaduais, prefeituras, fundações e institutos de todo o país, que apresentem respostas para diferentes demandas sociais e possam integrar o Banco de Tecnologias Sociais.


Disponível na página da FBB (link ao lado), o Banco de Tecnologias Sociais é uma grande base de dados, que tem registradas todas as soluções inovadoras para problemas sociais em áreas diversificadas. Fernanda Oliveira, Diretora Executiva de Desenvolvimento Social da Fundação, ressalta que não se trata de um banco de projetos sociais e, sim, de um banco de soluções. Através desse cadastro, a Fundação atua como interlocutora entre quem tem obstáculos a enfrentar e quem se propõe a disseminar conhecimentos e práticas que permitam sua superação. "A idéia é fazer essas tecnologias circularem. Se eu estiver interessada em implementar um projeto de alfabetização de adultos, por exemplo, posso acessar o Banco para consultar tecnologias sobre esse tema", explica.


O Banco de Tecnologias Sociais inclui soluções que podem ser conhecidas e consultadas por tema, área de atuação, entidade executora, público-alvo, problemas solucionados, municípios atendidos, recursos necessários para implementação, entre outros critérios. Para a diretora, o Banco mostra também a generosidade das instituições que colocam suas soluções à disposição dos outros. Além de disponibilizar o Banco de Tecnologias Sociais na Internet, a FBB promove encontros e eventos para divulgar o projeto e disseminar as soluções em todo o país.


De acordo com Fernanda, o prêmio estimula a busca, identificação e indicação de experiências geradoras de transformação social positiva. "O prêmio possibilita olhar para soluções que já existem, desde as mais simples até as mais elaboradas", diz. Ela cita a utilização do soro caseiro para combater a mortalidade infantil como um exemplo de tecnologia social simples e eficiente. "O povo brasileiro é extremamente criativo e isto se deve à demanda social que é muito grande", diz a diretora, que lembra ainda que a criatividade surge da necessidade. "A maioria das tecnologias que possibilitam um melhor aproveitamento da água vem da região Nordeste, por exemplo".


Para serem cadastradas no Banco, as tecnologias sociais devem apresentar resultados comprovados e ser reaplicáveis por outras instituições, tanto no Brasil quanto no exterior. Caso sejam aprovadas para o cadastro, as tecnologias serão certificadas e garantirão a participação no processo de seleção em 2003 para os seis prêmios finais. Cinco prêmios serão atribuídos a tecnologias desenvolvidas por instituições sem fins lucrativos e, pela primeira vez, um prêmio será destinado a uma empresa privada. Cada uma das vencedoras receberá R$ 50 mil para aplicar na própria tecnologia, buscando seu aprimoramento e expansão. No final das contas, os vencedores não serão apenas os premiados, mas todos aqueles que adotarem as soluções sociais identificadas.


O período de inscrições para esta segunda edição vai até 30 de junho de 2003. As condições, o regulamento e outras informações sobre o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social podem ser obtidas nosite da FBB - www.cidadania-e.com.br.


 

Mariana Loiola

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