Autor original: Julio Cesar Brazil
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Em janeiro de 1999, algumas moradoras de Silves, cidade a 300 km leste de Manaus, participaram de um curso sobre plantas aromáticas e ervas medicinais. Este foi o estopim para que em pouco tempo fundassem a Associação Vida Verde da Amazônia (AVIVE) e, utilizando os conhecimentos recebidos de seus antepassados, passasse a fabricar sabonetes de glicerina feitos com as essências de vegetais. Desde então, a atividade tem impulsionado as artesãs a descobrirem novos horizontes, como a possibilidade de aprender a língua inglesa e se articularem para exportar sua produção. A Rets conversou com Bárbara Schmal, Coordenadora de Projetos da AVIVE, que mostra como esta iniciativa, além de economicamente viável, é ecologicamente correta.
Rets - Quando surgiu a idéia de produzir os sabonetes de glicerina feitos com essências de plantas amazônicas? E como vocês souberam da capacidade curativa das plantas utilizadas na fabricação dos sabonetes?
Bárbara Schmal - Em janeiro de 1999 algumas moradoras de Silves participaram de um curso sobre plantas aromáticas e ervas medicinais, ministrado por Moacir Biondo, da Universidade Federal do Amazonas, sendo organizado e realizado pela Associação de Silves pela Preservação Ambiental (ASPAC). Durante o curso ficou claro que muitas sabem e lembram ainda daquele remedinho da mãe, avô...mas não o usam, pois tornou-se mais fácil pegar o remédio alopático no posto de saúde ou comprar na farmácia. Porém, após o curso um grupo de mulheres, alguns mateiros e curandeiros locais reuniram-se e fundaram a Associação Vida Verde da Amazônia (AVIVE) com o objetivo de recuperar estes conhecimentos e não deixá-los cair no esquecimento.
No decorrer do trabalho da AVIVE, as plantas "surgiram" ou seja, durante as nossas freqüentes reuniões e encontros eram e ainda são discutidos as diversas plantas, cheiros, seus nomes (podem variar de região para região), os usos (também variam). Assim é desenvolvido o processo de produção do extrato vegetal para o uso nos sabonetes. Mas todo o conhecimento vem na maioria das vezes dos pais e avós, transmitido verbalmente. É o famoso conhecimento tradicional das populações ribeirinhas da Amazônia. E ele funciona até hoje.
Paralelamente foi realizado um estudo sobre plantas aromáticas na região, iniciado em março de 1999, revelando a existência de uma usina destiladora de Óleo Essencial de Pau-rosa há 35 anos atras. Ela funcionou durante muitos anos, explorando a árvore de Pau-rosa de forma ilegal, mas mesmo assim proporcionando empregos para os moradores de Silves durante muito tempo. Até que no final dos anos 70 o recurso natural se esgotou, os trabalhadores foram dispensados e a usina foi transferida para o município de São Sebastião do Uatumã onde funciona até hoje. Levando em consideração que Silves já era antigamente um centro de produção de Óleo Essencial de Pau-rosa, e como o uso do Óleo essencial de Pau-rosa fazia parte das formulações caseiras de cosméticos e na medicina popular silvense, surgiu a idéia de elaborar uma proposta de um projeto comunitário para o desenvolvimento de uma linha de produtos naturais aromatizados com os óleos essenciais regionais, sendo eles produzidos e manipulados pelas sócias da Associação e as mulheres da comunidade, dando assim à elas também a oportunidade de aplicar seus conhecimentos tradicionais de etnomedicina e etnobotânica.
Rets - Como essa idéia se transformou num projeto viável? Ou seja, como ele foi implementado?
Bárbara Schmal - Quando a idéia foi colocada no papel em forma de uma proposta de projeto para o WWF Brasil. Após a sua aprovação, em julho de 1999 foi assinado o contrato e implantado o "Projeto comunitário de Produção Sustentável de Óleos essenciais e produtos afins no Município de Silves (AM)" do qual o WWF Brasil assumiu o suporte técnico e financeiro até então. Em um primeiro momento realizamos saídas de campo, pequenos inventários na região, iniciamos plantios de mudas nativas e aromáticas, realizamos extrações em nível demonstrativo e em micro-escala, de óleos essenciais das espécies aromáticas, entre ameaçadas de extinção e/ou de uso popular tradicional para fins cosméticos e medicinais (Pau rosa, Preciosas, Puxuri e Louro Nhamuhy entre outras) sempre usando somente as folhas e galhos das plantas, ou seja a poda e não a derruba. Em uma segunda etapa, a partir dos óleos essenciais, o contrato visa a pesquisa e produção de uma linha básica de cosméticos de base vegetal (sabonete, xampu e condicionador de cabelos), para introdução no mercado institucional de hotelaria de selva e Ecoturismo no Estado do Amazonas, podendo ser extendido para outras áreas no mercado nacional e internacional.
Rets - Sobre o desenvolvimento sustentável da região. Como o projeto estabelece a relação entre a produção - que prevê um processo industrial - com a preservação ambiental?
Bárbara Schmal - O nosso trabalho envolve o Pau rosa (Aniba roseadora) devido à sua história em Silves, uma árvore nativa, que está na lista do IBAMA, de plantas ameaçadas na categoria "em perigo". O Pau rosa é delicado, tanto como árvore como assunto. Com ele aprendemos que é a Natureza é quem dá as regras, a árvore, e não nós. O nosso objetivo, dentro do projeto junto ao WWF, era produzir um Óleo Essencial de Pau rosa "ecologicamente correto", sem derrubar uma árvore, apenas destilar as folhas e os galhos dela. A idéia é genial, não é nossa exclusivamente, o processo de produção ideal. Químicos, perfumistas e ambientalistas já testaram e aprovaram este novo produto, mas a nossa realidade em Silves foi cruel. Era imposível encontrar um número de árvores suficiente que pudesse garantir a quantidade de óleo essencial (de folhas e galhos) para aromatizar os nossos sabonetes de Pau rosa.
Assim no início de 2000, ao avaliar nossa situação quase sem saída, surgiu a idéia entre as mulheres em uma área no Município onde encontramos uma pequena população natural de Pau rosa (aquelas arvores que há 30 anos salvaram-se por serem muito pequenas para o corte) de criar uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Primeiramente para preservar estas árvores remanescentes e segundo para iniciar a produção de mudas e o seu plantio nesta área. O tempo passou e a implantação da RDS tornou-se algo mais concreto com o Edital 04 do FNMA em 2001. Em uma parceria entre Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Estadual do Amazônas e AVIVE, foi enviada uma proposta de projeto. Aprovada, iniciamos em janeiro do ano passado o Projeto "Conservação e Manejo de Espécies Florestais Ameaçadas de Extinção: Pau rosa e Aquariquara", que tem entre outros objetivos a realização de um inventário da área como também a produção de 2.000 mudas (de estacas) e o plantio de enriquecimento em clareiras em consórcio com outras espécies nativas, principalmente aromáticas na área em questão.
Hoje as mudas encontram-se no viveiro do INPA, estamos apenas aguardando a autorização de concessão do uso das terras do estado do Amazonas. Esperamos esta decisão até março deste ano para iniciarmos o plantio e a segunda fase do Projeto: o manejo sustentável do Pau rosa, envolvendo diretamente cinco comunidades e as mulheres da AVIVE. Este manejo incluirá a poda das arvores após 5, 6 anos de seu plantio e a produção de seu óleo essencial a partir das folhas e galhos. Incluirá também um acompanhamento destas arvores, pois a idéia - Óleo Essencial de Folhas e Galhos - é fantástica, ideal, mas ainda sabemos pouco como as árvores agirão ao longo do tempo e às repetidas podas. Temos ainda muito a aprender com o Pau rosa e com as muitas outras espécies nativas. E principalmente queremos implantar com este projeto e trabalho um modelo de manejo do Pau rosa no estado, um exemplo a ser seguido. Para que um dia não tão distante o Pau rosa possa ser riscado da lista vermelha do IBAMA e nós na AVIVE teremos nas prateleiras um sabonete aromatizado com Óleo Essencial de Pau rosa com certificação FSC ou similar. E tem mais. Seguimos na AVIVE a seguinte filosofia:
1 - Todas as árvores, arbustos e plantinhas que nós fornecem algum extrato, alguma matéria-prima para os nossos produtos, sejam eles sabonetes, incensos ou artesanato em geral, nós plantamos, ou seja, buscamos saber quem e a onde tem as árvores "Mães", coletamos e /ou compramos as sementes e produzimos as mudas, que distribuímos aos pequenos agricultores do município para plantá-las no meio da mandioca, maracujá , ou até em áreas degradadas, para recuperá-las. Assim garantimos o suprimento de matérias-primas para o futuro, envolvendo as comunidades em nosso processo referente Educação Ambiental. Nossa experiência é: quem planta uma árvore nativa aromática se envolve cuidando dela, além tornar-se mais uma fonte de renda para a família, ou até um "patrimônio" para os filhos e netos. E as pessoas vão tomando interesse pelos cursos da AVIVE (Agricultura Natural, Apicultura, Agente Ambiental Voluntário, etc), pela preservação, pela troca de conhecimentos (até sobre plantas medicinais e remédios caseiros). Vejo este interesse como um tipo de Educação Ambiental. Porém, isso tudo funciona quando estamos executando algum projeto, contando com parceiros, pois uma preservação baseada 100 % no voluntariado é quase uma missão impossível. Explico: estamos em Silves, uma ilha, 99% das plantas encontram-se em terra firme ou na várzea. Isto significa que para a quantificação das plantas e a coleta de sementes temos que pegar canoa ou lancha, contratar barqueiro, comprar gasolina, alimentação, enfim, preservação tem um custo. Futuramente a venda dos sabonetes deve se encarregar a cobrir estas despesas, mas por enquanto são a AVIVE e os nossos parceiros através de diversos projetos que tornam tudo isso possível.
2 - Nossos produtos são sazonais: seguimos o ritmo da Natureza. Quando ela produz, nós produzimos também. Trabalhando com matérias-primas da Floresta não pode existir o produto continuo, aquele que o consumidor encontra o ano todo na prateleira. Na Natureza temos as épocas de safras, que variam de planta para planta. Quando coletamos, produzimos. Acaba a nossa matéria-prima, acaba o produto e o nosso consumidor deverá esperar até a próxima safra. Para nós isto é normal, natural, mas para o consumidor certamente é algo novo, porém educativo. Quem compra o nosso produto pode ter certeza que está nos ajudando a preservar e não a devastar. E devido a sua sazionalidade o produto AVIVE é vendido também a um preço maior, socialmente justo e "ecologicamente correto".
Rets - Além dos benefícios econômicos, como o projeto está favorecendo o desenvolvimento social da região? O projeto oferece algum tipo de capacitação ou cursos para as mulheres e para a comunidade local?
Bárbara Schmal - Oferecemos sim. Em março de 2000 o Sebrae e a AVIVE assinaram um contrato de parceria que visa o acompanhamento técnico do projeto comunitário por parte do Sebrae/Manaus em forma de consultorias e divulgação. Desde lá aconteceram seminários em Silves sobre Marketing, elaboração de Logomarca, Associativismo, Custos e Formação de Preço de Venda. Vale ressaltar que duas associadas fazem parte do Fórum de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS) do município de Silves. Também já recebemos três mulheres da Inglaterra que passaram seis meses em Silves para ensinar voluntariamente o idioma inglês para um grupo de mulheres aqui em Silves. Era e ainda é necessário o domínio desta língua estrangeira. Como vamos um dia exportar, rececber e responder à pedidos de compra vindos do exterior?
E desde o ano passado estamos tendo mais contato com as mulheres e comunitários de outras comunidades do município. Como já disse, Silves é uma ilha, mas o Município tem cerca de 29 comunidades. Quando um ou outro projeto permite (com verbas), visitamos as comunidades, divulgamos o nosso trabalho, trocamos experiências e conhecimentos. Na maioria das vezes incentivamos o grupo de mulheres da comunidade em produzir um artesanato típico da região como pequenas peneiras, cestaria, que compramos e usamos na embalagem dos sabonetes que vendemos na nossa lojinha em Silves. Ou compramos sementes de cumaru e puxuri, mel, óleo de copaíba e de andiroba para vender na loja. Sempre quando na AVIVE há um treinamento, um curso, convidamos as representantes de outras comunidades para participar.
Rets - A produção da Avive é de 1.000 unidades mensais. Quais as estratégias para ampliar a produção, venda e divulgação dos sabonetes na região, no Brasil e no exterior?
Bárbara Schmal - A nossa produção ainda é bem limitada. Não estamos conformamos apenas com uma produção caseira e artesanal. O nosso objetivo é o mercado brasileiro, claro, mas acima de tudo o mercado exterior, em especial o mercado justo (TransFair). Os contatos já foram estabelecidos, o interesse em nossos produtos é grande, faltam apenas alguns passos a mais. E estes são um pouco demorados. Primeiramente a AVIVE para poder comercializar, exportar e remunerar as produtoras de forma "legal", com salário e tudo, precisa implantar um sistema administrativo - em nosso caso optamos pelo sistema cooperativo. Até o final de fevereiro deverá estar implantada a nossa Cooperativa de Produtos Naturais da Amazônia (COPRONAT). O próximo passo é o alvará de funcionamento emitido pela Vigilância Sanitária do estado do Amazonas e a notificação dos produtos no Ministério da Saúde, já que sabonetes são considerados cosméticos. Também vamos firmar uma parceria com uma instituição pública ou privada para o controle de qualidade dos sabonetes, xampús, perfumes e outros produtos que iremos produzir no futuro.
Como eu já citei antes, a nossa estratégia é a venda de produtos - naturais, sazonais, limitados, com certificação de origem e beneficiando diretamente as produtoras, fornecedores de matérias-primas - à um mercado que reconhece e valoriza estes atributos dos produtos e se dispõe a pagar um preço maior, porém justo. Temos o plano de informar ao consumidor - através do nosso site - como distribuímos e aplicamos o dinheiro das vendas: na AVIVE, na Comunidade, na Preservação e Educação Ambiental. Queremos transparência, pois quem está disposto a pagar mais para um produto tem o direito em saber o que acontece com o seu dinheiro.
No momento estamos passando por uma situação estranha: nossos produtos e as produtoras são já bastante conhecidas, sendo divulgadas no Brasil e exterior devido ao fato dos prêmios que recebemos. Isto é muito bom, porém ainda não podemos vender da forma que queremos, mas estamos correndo atrás de registros e legalizações. Enquanto isso estamos expondo em feiras regionais e nacionais, atendendo na loja aqui em Silves e também a consumidores interessados que nós escrevem ou que fazem seu pedido por telefone e e-mail.
Rets - A parceria entre a Avive e o WWF Brasil prevê o estudo e o apoio à implantação de um projeto comunitário de exploração sustentável. Este projeto já está sendo implementado? No que consiste?
Bárbara Schmal - Com o apoio do WWF-Brasil, foi iniciado um projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais juntamente com o desenvolvimento, produção e marketing de produtos como chás, medicamentos, sabonetes aromáticos, xampus e cremes para cabelo, cosméticos, breu solto para defumação e incenso de breu, velas perfumadas e colares de sementes entre outros. O projeto usa uma técnica de extração do óleo do Pau Rosa (Aniba roseadora) a partir de galhos e folhas, sem derrubar a árvore, e trabalha com outras espécies para a extração de óleos essenciais, como o Puxuri (Puchury maior ou Aniba puxuri), Preciosa (Aniba canellila), Itaúba (Mezilaurus itauba), Copaíba (Copaiba multijuga), Andiroba (Carapa guianensis) e Cumaru (Dipteryx odorata). O projeto inclui também o reflorestamento com espécies nativas e a extração sustentável de óleos essenciais, e prevê a certificação FSC das áreas florestais onde é feita a coleta da matéria-prima para extração dos óleos e essências, bem como dos produtos finais.
Foram realizados diversos levantamentos e estudos e foram adquiridos um barco a motor e equipamentos de rappel para a coleta de sementes, folhas, galhos e cascas de árvores, além de outros equipamentos para a destilação e o preparo de óleos (capacidade de 20 litros). Foram ainda construídos um galpão e um viveiro de plantas. As mulheres da comunidade participaram de diversos treinamentos para capacitação. Após a realização de experiências e testes, foram produzidas quase quatro mil mudas de espécies nativas aromáticas, ao mesmo tempo que foram desenvolvidas novas linhas de produtos e de embalagens. O trabalho inclui ainda a regularização da atividade mediante a legalização da área de 9.000 m2 recebida em doação da Prefeitura para conservação das espécies selecionadas, criação de novos produtos e registro legal dos já desenvolvidos, design de rótulos e outros materiais promocionais.
Rets - A AVIVE possui outras parceiras. O que elas contemplam?
Bárbara Schmal - Em conjunto com a Associação de Silves para a Preservação Ambiental e Cultural (ASPAC), que está à frente de um projeto de Ecoturismo com apoio do WWF, a AVIVE tem realizado diversos treinamentos, entre eles o de Conscientização e Educação Ambiental para jovens de 16 a 20 anos, o projeto PEGADAS e o Curso de Agricultura Natural. ASPAC e AVIVE estão elaborando juntas o projeto "Viagem Aromática para Silves-AM " que deverá acontecer neste ano pela primeira vez. Durante a execução do Projeto ProVárzea, as duas Associações irão implantar a componente de "Wellness - Holidays" na Pousada Aldeia dos Lagos. Mulheres de ambas as associações serão capacitadas em terapias naturais (Aromaterapia, Aromamassagem, Cozinha Ayurvedica) para o uso prático de Óleos Essenciais e plantas aromáticas/medicinais no dia a dia da Pousada junto aos visitantes, como uma também alternativa econômica.
Rets - Como as premiações recebidas pela iniciativa da Avive na Conferência Rio +10 e no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) repercutiram entre as mulheres e a comunidade? A senhora observa alguma mudança tanto na auto-estima quanto no modo como as trabalhadoras percebem suas atividades diárias?
Bárbara Schmal - O prêmio foi algo fantástico que aconteceu. Temos uma boa auto-estima, que cresceu nos últimos dois anos devido aos altos e baixos pelos quais passamos. Vencemos, amadurecemos e crescemos juntas visivelmente. Quem conhece as mulheres da AVIVE desde o início da Associação sabe o que eu quero dizer. Foi uma mudança interna e externa. Hoje as mulheres são mais seguras de si mesma, auto confiantes. O prêmio foi um grande incentivo, uma confirmação que o nosso caminho, a nossa luta pela realização de nossos objetivos e ideais está no rumo certo. Recebemos o prêmio não tanto pelos produtos, vendas ou algo assim, mas como um reconhecimento de nossa persistência diante dos muitos obstáculos e desafios que enfrentamos ao longo dos quase quatro anos de existência da AVIVE. Por nunca desistir, pela criatividade fabulosa destas mulheres em tempos difíceis, o dinheiro que recebemos, além do troféu, nos deixou numa situação favorável - em situações de emergência, seja elas de natureza ecológica, social ou outra, nós podemos reagir sem pedir permissão para terceiros. Isso é maravilhoso! Temos muitos planos: uma sede administrativa bem equipada, uma pequena biblioteca, continuar e intensificar os treinamentos para as mulheres e comunitários, cuidar da saúde da mulher, coletas de sementes, plantios, além da produção. Nunca as atividades foram tantas como nos últimos meses. E o animo geral continua em alta!
Colaboraram: Maria Eduarda Mattar e Viviane Gomes
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