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Luta por proteção

Autor original: Mariana Loiola

Seção original: Os mais interessantes e ativos projetos do Terceiro Setor

Mediante a proteção à sua integridade física e psicológica garantida pelo juiz titular da 2ª Vara da Infância e Adolescência do Rio de Janeiro, o adolescente delatou os agentes de disciplina que estavam infiltrando armas, drogas e celulares, na unidade Educandário Santo Expedito, em Bangu, na época da rebelião, em novembro de 2002. Acontece que, ao ser transferido para a Escola João Luis Alves, na Ilha do Governador, e em seguida para o Instituto Padre Severino, o adolescente sofreu sessões continuadas de tortura física e psicológica, perpetradas pelo corpo de agentes destas unidades (como espancamentos e choques elétricos), o que levou à solicitação por parte da Amães de exames de corpo de delito, com apoio jurídico do Projeto Legal.

A associação continua acompanhando o adolescente (que permanece detido no Padre Severino) e a sua família - que também sofre ameaças e constrangimentos durante as visitas -, no encaminhamento de todas as denúncias apuradas à 2ª Vara e na luta pela proteção que havia sido assegurada ao adolescente.

A Amães considera que o histórico de "Júnior" constitui um instrumento valioso de análise e reflexão para o judiciário e o executivo, no encaminhamento de soluções que venham dar fim aos maus tratos e à tortura física e psicológica, que os jovens do Estado do Rio de Janeiro vêm sofrendo indiscriminadamente nos últimos anos.


 


Mariana Loiola

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