Autor original: Maria Eduarda Mattar
Seção original: Notícias exclusivas para a Rets
5 de março de 1996
A fazenda Macaxeira, em Curionópolis (PA), é invadida por mais de 1.200 famílias de sem-terra.
16 de abril
Um grupo de 1.100 invasores, em marcha até Belém, obstrui a rodovia PA-150, em Eldorado do Carajás (PA).
17 de abril
O governador Almir Gabriel ordena a desobstrução da estrada pela PM. Durante a operação, 19 sem-terra são mortos. À noite, o governador afasta o coronel Mário Colares Pantoja.
20 de abril
Pantoja é detido em prisão domiciliar, onde permanece por 30 dias.
8 de maio
São divulgados os laudos da perícia judicial sobre o massacre. Os sem-terra foram mortos com tiros à queima-roupa, pelas costas ou na cabeça e com golpes de machado e facão.
12 de junho
O Ministério Público denuncia 155 PMs.
16 de agosto
O juiz de Curionópolis, Laércio Larêdo, aceita denúncia contra 155 PMs, um civil e três sem-terra.
6 de maio de 1997
Dois novos juízes assumem o caso: Otávio Maciel, na Justiça comum, e Raimundo Holanda, na Justiça Militar.
18 de agosto de 1999
Os três militares que comandavam a operação são absolvidos no julgamento, presidido pelo juiz Ronaldo Valle.
11 de abril de 2000
O julgamento que inocentou oficiais é anulado. Segundo a decisão, houve contradições e erros no procedimento do juiz Ronaldo Valle, que foi afastado do caso.
19 de abril
O juiz José Maria Teixeira do Rosário é indicado para presidir novo julgamento.
14 de março de 2001
É designado o sexto magistrado para o caso: a juíza Eva do Amaral, que marca para o dia 18 de junho a data para nova audiência.
11 de junho
A juíza determina nova perícia na fita de vídeo que registrou parte do massacre.
18 de junho
A audiência prevista para acontecer neste dia é suspensa por ordem do Supremo Tribunal Federal, depois de pedido de entidades da sociedade civil.
5 de abril 2002
Novo julgamento, previsto para 8 de abril, é suspenso.
9 de maio
Eva do Amaral decide se afastar do julgamento. Roberto Moura é anunciado novo juiz do caso. Ele decide proceder com o julgamento no dia 14 de maio – mesmo tendo recebido um processo com 14 volumes, envolvendo mais de 140 acusados.
13 de maio
Os advogados do MST, que vinham auxiliando a acusação, retiram-se do caso e não acompanham o julgamento, pois consideraram haver evidentes vícios do processo.
14 de maio
Começam a ser julgados 142 PMs (dos 155, alguns morreram, outros não foram localizados e dois alegaram insanidade mental).
16 de maio
O coronel Mário Pantoja e o major José Maria Oliveira são condenados. Já o capitão Raimundo Almendra Lameira foi absolvido.
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