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Márcio Ayres

Autor original: Maria Eduarda Mattar

Seção original: Novidades do Terceiro Setor

José Marcio Ayres morreu em 7 março deste ano, aos 49 anos, em decorrência de câncer no pulmão. Era diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, voltado para a conservação da biodiversidade das florestas alagadas da Amazônia, e pesquisador do Museu Emílio Goeldi. O biólogo paraense foi entusiasta da criação de unidades de conservação para proteger a biodiversidade amazônica. Na década de 80, enquanto fazia pesquisas para sua tese de doutorado, encontrou o primata Uacari Branco, que era dado como extinto desde o século XIX, na região de várzea do rio Mamirauá, no norte do rio Amazonas. O animal virou símbolo de uma campanha que resultou na criação da primeira reserva de desenvolvimento sustentável da Amazônia, a Reserva de Mamirauá. Nela as populações nativas são parceiras no trabalho de conservação.

Muito querido por seus colegas de pesquisa no museu, Ayres se destacou por sua visão inovadora e pela gerência de seus projetos. “Márcio foi muito importante em romper paradigmas do movimento conservacionista brasileiro, mostrando que, através de ciência de boa qualidade, é possível compatibilizar, dentro de áreas protegidas, a conservação da biodiversidade com o desenvolvimento social-econômico das populações tradicionais amazônicas”, lembra José Maria Cardoso, diretor da Conservation International para a Amazônia.

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