Cada vez mais, grupos envolvidos em conflitos armados em todo o mundo têm atacado escolas ou forçado o encerramento de suas atividades, informou o relatório anual da Representante Especial do Secretário-Geral para Crianças em Conflitos Armados, Radhika Coomaraswamy, lançado no dia 11 de maio. “A infraestrutura de escolas tem sido fisicamente destruída por agentes armados, e estudantes e profissionais da educação têm sido atacados, ameaçados ou intimidados”, alertou Coomaraswamy.Ela ressaltou que escolas devem ser um lugar seguro de aprendizado para crianças. Dos 22 conflitos monitorados em diversos países, foram relatados pelo menos 15 ataques a escolas e hospitais. “Aqueles que atacam escolas e hospitais devem saber que vão ser responsabilizados”, completou.O relatório recomenda que o Conselho de Segurança acrescente exércitos, milícias rebeldes e outros grupos insurgentes que atacam escolas na chamada “lista da vergonha”, que já inclui grupos que recrutam crianças como soldados, mutilam crianças ou cometem atos de violência sexual contra elas. O documento ressaltou ainda que todas as partes do conflito, incluindo forças internacionais enviadas para intervir, devem cumprir suas obrigações de acordo com os direitos humanos internacionais.Coomaraswamy disse que a lista age como um catalisador para que as partes incluídas mudem suas práticas, e em alguns casos levou à elaboração de planos de ação para acabar com o recrutamento de crianças soldado. Neste sentido, já foram feitos progressos no Afeganistão, nas Filipinas, no Sudão e na Somália. A Representante Especial disse estar confiante de que cada vez mais partes da lista procurem a ONU para elaborar um plano de ação sobre o tema.
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