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Fingir ser soldado não é mais brincadeira

Autor original: Fausto Rêgo

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Em setembro de 2002, o Viva Rio e o Instituto de Estudos de Religião (Iser) organizaram um seminário para apresentar os resultados de um estudo sobre crianças no tráfico de drogas do Rio de Janeiro que resultaria no livro “Crianças no Tráfico” (Editora Sette Letras), lançado no início deste ano. Do encontro veio a constatação de que o problema do envolvimento de jovens em grupos armados organizados acontece – com variações de um país para outro – em todo o mundo. Surgiu, então, a idéia de uma pesquisa internacional sobre o tema em regiões que não estão em guerra. O projeto recebeu o nome de COAV, sigla em inglês para Crianças em Violência Armada Organizada (Children in Organized Armed Violence) e reúne especialistas de El Salvador, Equador, Honduras, Haiti, Colômbia, Estados Unidos, Irlanda do Norte, Serra Leoa, Nigéria, África do Sul e Filipinas.

Realizada pelo Viva Rio em convênio com a Iansa (International Action Network on Small Arms) - com o patrocínio da Save the Children Suécia, da Fundação Ford e do DFID (departamento do governo britânico para o desenvolvimento internacional) - e com parcerias com organizações locais, a pesquisa pretende ampliar a conscientização sobre o problema e compartilhar soluções. As primeiras iniciativas foram o lançamento do site www.coav.org.br (em três idiomas: português, inglês e espanhol) e uma oficina que reuniu os especialistas de 21 a 25 de julho, no Rio, para discutir a metodologia a ser empregada no estudo. O trabalho estará concluído no início do próximo ano. Em seguida, será organizado o simpósio “Nem Guerra Nem Paz”, durante o qual serão divulgados os resultados.

Autor do livro “Crianças no Tráfico” e coordenador do projeto, o antropólogo inglês Luke Dowdney, pesquisador do Viva Rio, conversou conosco sobre a situação brasileira e as perspectivas dessa análise de realidades distintas com fenômenos tão semelhantes. “Estamos lidando com a mesma coisa: jovens que trabalham num mesmo grupo em que ganham armas, dinheiro, status, poder e uma série de coisas que a sociedade não está oferecendo pra eles”.


Rets -
Então o ponto de partida da pesquisa é o livro “Crianças no Tráfico”?

Luke Dowdney - O Rio foi o exemplo. Depois de a gente mostrar essa realidade, mostrar que não tem que ter guerra pra ter crianças em grupos armados organizados, a gente sentiu muito que a expressão “delinqüente” não foi suficiente pra descrever a situação. O delinqüente é muito mais individual, ele não está dentro do sistema, da estrutura organizada. Não que os jovens que entram no tráfico não sejam escolhidos. São, mas dentro de uma série de critérios diferentes. Estão entrando num sistema que, mesmo que aparentemente anárquico, é muito organizado – em termos de quem é chefe, quem é subgerente, quem é vapor, quem é soldado...

Rets - O livro tem até um esquema gráfico com essa estrutura, não é?

Luke Dowdney - Na verdade, quem elaborou foi o Michel Misse [sociólogo, coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana], da UFRJ. A gente usou isso e trabalhou um pouco em cima, adicionou mais umas áreas: de atacadistas, matutos, as facções... Nisso, aliás, é muito anárquico. Não existem chefes nas facções, mas vários caras que são poderosos. Agora, existe uma organização, sim. E não é exatamente igual em cada favela, muda um pouco dependendo do movimento de droga e do dinheiro disponível para as operações locais. Em muitos lugares, o vapor é também o próprio soldado. Nos outros, os soldados são coisas separadas, só pra segurança. De qualquer forma, tem um nível de organização que não é igual ao de uma gangue de adolescentes.

Por isso que a gente achava que era importante refletir, pensar semanticamente sobre essa adjetivação de uma forma um pouco diferente de delinqüente ou criança-soldado. Não dá pra chamar de soldado. Primeiro, porque não tem guerra. Uma guerra tem um fim militar: alguém ganha a guerra através de meios militares. Aqui você chama o exército, como já aconteceu algumas vezes, e não adianta, não tem fim. Porque é muito mais ligado às forças de mercado, muito mais ligado a problemas socioeconômicos nas favelas, com uma história de ausência do governo nas favelas, com uma falta de possibilidade de entrar no mercado de trabalho. Enfim, uma série de problemas que não serão superados através de um poder militar, de um policiamento repressivo. Por isso eu sou completamente contra um policiamento repressivo para essa situação – não ajuda. Eu não sou contra policiamento, quem violar a lei tem que ser preso. Mas se for se concentrar só nisso, para cada pessoa que você tira dessa situação – coloca na cadeia ou mata –, tem outras 15, 20 ou 25 entrando no lugar. E ainda continuam as mesmas condições que criaram o problema. Acaba gerando mais tiroteio na favela. E as pessoas que são mais afetadas nisso tudo, que são os moradores das favelas, acabam ficando entre as balas do bandido e da polícia. Isso deixa a juventude mais revoltada e marginaliza a favela cada vez mais, porque a favela tem menos confiança no governo, menos confiança na polícia e confia mais e mais no tráfico.

Não é guerra, então não é soldado – ainda que eles mesmos usem essa palavra. E não é delinqüente. E aí a gente pensou nesse termo: crianças em violência armada organizada, que é um ponto de partida, talvez não seja o nome final que a gente vai usar, mas quer dizer que entre delinqüência e guerra existe um outro fenômeno que tem a ver com os dois lados. Tem a ver com as gangues dos Estados Unidos, tem coisas muito parecidas. Tem a ver com subcultura – por exemplo, a música, o estilo de roupa, a importância local da arma, do status que dá, das meninas que gostam... esse tipo de coisa é muito parecido com as gangues nos Estados Unidos. Mas tem coisas também muito parecidas com as guerras, com Serra Leoa, com o Congo, em termos de nível de organização de grupos paramilitares, de dar armas para jovens, de pagar salário para ele defender um território, batalhar contra as forças do Estado. Por isso não dá pra dizer que é um ou outro, e a gente tem que entender melhor essa adjetivação para tentar enfrentar essa situação.

Rets - E a repercussão, qual foi?

Luke Dowdney - Quando a gente produziu esse livro, mandou mais de dois mil exemplares para o mundo todo, gratuitamente, para todo mundo ver: “olha, isso está acontecendo aqui!”. A reação foi muito interessante. Sem falar no seminário que a gente fez em setembro, antes do livro sair, e que apresentou os resultados do primeiro estudo às agências internacionais. Elas reconheceram que isso talvez estivesse começando em outros países também, e não necessariamente com o narcotráfico. Poderiam ser grupos de milícias étnicas ou o que acontece na Nigéria, por exemplo, onde a polícia não é eficaz, por isso comunidades estão usando grupos armados para se proteger. Só que esses grupos estão dominando as comunidades, usando mais e mais presença de armas nas ruas e mais e mais adolescentes.

Tudo isso tem muito a ver com a disponibilização de armas leves no mundo todo, e ninguém está ligado nisso. Hoje em dia, você compra um AK-47 [fuzil de fabricação russa] na rua, se quiser. Então isso está afetando muito as relações locais entre as pessoas, está mudando a cara do conflito. Em vez de 10 mil pessoas contra 10 mil pessoas, é um contra o outro, 100 contra 50. E isso espalha muito mais a violência e muda as relações de conciliação entre as pessoas. O uso de armas de fogo está mudando isso muito, envolvendo cada vez mais jovens e crianças. É uma coisa que afeta todo mundo, mas especificamente adolescentes e jovens até 25 e 26 anos. Quem mata mais é adolescente e jovem. Quem morre mais é adolescente e jovem – e do sexo masculino, principalmente.

Rets - E eles cada vez entram mais cedo.

Luke Dowdney - No tráfico, sim, e no mundo todo também. Então a gente falou dessa coisa de COAV (Children in Organized Armed Violence), falava para muita gente e muita gente achava que havia coisas parecidas em seus países. E começamos a receber muita informação sobre esse tipo de coisa acontecendo na Jamaica, no Haiti, na Colômbia – que não está exatamente ligada à guerra, é mais ligada ao narcotráfico –, El Salvador... E até nos Estados Unidos, também, há grupos armados que são institucionalizados nas comunidades. Não são gangues de adolescentes, mas gangues muito mais desenvolvidas, com 40, 50, 60 anos de história. Têm uma estrutura que não se chama gangue, mas organização de rua, e usam crianças, em muitos casos, para vender droga ou defender território, têm muita influência com políticos, enfim, é outro nível. Temos também coisas nas Filipinas, com grupos que defendem comunidades e estão ligados diretamente a políticos para serem, basicamente, exércitos privados, usando crianças fardadas e armadas.

A gente viu tudo isso e pensou: vamos tentar fazer um estudo que ligue todo esse povo, porque estamos lidando com a mesma coisa – jovens que trabalham num mesmo grupo em que ganham armas, dinheiro, status, poder e uma série de coisas que a sociedade não está oferecendo a eles.

Rets - Mas status, poder, tudo isso é mais forte do que a consciência de que a própria expectativa de vida deles é curta?

Luke Dowdney - Todos os jovens que a gente entrevistou falaram que iam morrer cedo. Mas falar isso e acreditar são coisas diferentes. Quando você tinha 14, 15 anos de idade, poderia realmente entender morte? Ou melhor, não é que você não poderia entender. Eu, por exemplo, fui muito rebelde na minha adolescência. Eu não pensei no futuro. O futuro, pra mim, não existia. É hoje, é muito mais imediato. Não pra todos, mas é uma coisa que muitos que entram no tráfico pensam: hoje é hoje, amanhã é amanhã; não sei onde eu vou estar amanhã. É muito mais coisa de adulto falar isso: “olha, tem que pensar no futuro, o futuro é importante”. E se o jovem realmente acredita que nem tem perspectiva no futuro, piora a situação. Se um jovem numa comunidade qualquer do mundo, hoje em dia, não vê que pode ter acesso ao mercado de trabalho, à possibilidade de ascensão social, a uma série de coisas de que todo mundo precisa, acaba aumentando essa sensação de que o futuro não é importante. Isso tem muito a ver com a falta de perspectivas dos jovens. Por isso essa questão de poder, status e viver bem hoje é importante. Tem um imediatismo no tráfico que dá isso.

Vários jovens falaram isso nas conversas: "apanhei muito na escola, fui espancado. No minuto que eu entrei no tráfico, aí eu vi que as pessoas me tratavam diferente, não me chamaram de palhaço, não me bateram, apertaram minha mão, me respeitaram". Aí eu falei: “E você achava que era medo?”. “É, um pouco de medo, mas respeito também”. No final das contas, olha a mudança que houve na vida dele!

E a arma está muito ligada a isso. É a maneira como você é respeitado por andar com arma, a maneira como as meninas gostam de quem está armado. Você vai num baile funk, hoje em dia, e quem anda com a arma maior tem mais mulher. Para um jovem, isso é uma coisa muito forte.

Rets - E como foi o processo de construção desse trabalho?

Luke Dowdney - A gente passou três meses fazendo uma seleção de parceiros locais, depois de captar recursos com o governo britânico, com a Save the Children Suécia e a Fundação Ford, que está apoiando o projeto, e pensamos: "vamos tentar fazer quatro coisas - mapear o problema no mundo, começar a trocar informações através de uma pesquisa, tentar reconhecer esse problema e disponibilizar essas informações para todos e dividir um pouco, trocar soluções e experiências sobre como tratar esse problema".

Então convidamos esses dez pesquisadores de dez organizações locais para vir ao Rio. Passamos uma semana juntos, recebemos a reação de todo mundo, cada um fez uma apresentação de 15, 20 minutos sobre a situação em seu país, ouvimos tudo isso e concordamos com uma metodologia. Agora todos voltaram para os seus países e estão fazendo uma pesquisa em três módulos. O primeiro, com duração de dois meses, é uma análise contextualizada sobre a situação. Eles vão dizer quais são os grupos, por que eles estão em conflito, qual a história do grupo, sua organização estrutural, onde os jovens estão ficando mais vulneráveis à situação. O segundo módulo, que também vai demorar dois meses, é de entrevistas com os próprios jovens envolvidos, para entender o processo de recrutamento, a situação da família, por que ele quis entrar, entender as funções atuais dele, o acesso que ele tem à arma, se ele foi treinado, se foi envolvido em muitos conflitos. E ver dele, também, se existem soluções: “você acha bom isso? Se não, como a gente muda essa situação?”. E o terceiro módulo demora um mês e consiste em fazer um relatório sobre as políticas públicas locais e as soluções de ONGs e sociedade civil locais.

A gente junta tudo isso num documento e começa a debater, a ver as soluções que podemos sugerir em comum. Vamos fazer um relatório grande em 2004, com um capítulo para cada país e uma análise da situação toda. E teremos um simpósio internacional sobre juventude, violência e estratégias integradas para tratar esse problema. Em vez de só policiamento, só educação, só emprego, só cultura, só lazer, a questão é ter uma estratégia um pouco mais interligada, que apresente uma série de investimentos para jovens em áreas críticas. Especificamente para jovens entre 12 e 24 anos, que são os que mais matam e morrem em todas essas situações no mundo todo. Outra coisa é que, mesmo que sejam os homens e meninos os que mais matam e morrem, as meninas têm sempre um envolvimento secundário, portanto é importante incluí-las na solução também.

Rets - E qual vai ser a função do site nesse trabalho?

Luke Dowdney - O website é bastante importante. Tem três jornalistas trabalhando e, além da pesquisa mais profunda, queremos gerar informações diárias sobre esse tema. Há três semanas que ele está no ar e já tem 20 histórias do mundo todo – Honduras, El Salvador, África do Sul...

Rets - Ele é produzido localmente em cada um dos países envolvidos na pesquisa?

Luke Dowdney - Não, ele é produzido em São Paulo. Mas a gente tem uma rede, agora, de pessoas contribuindo no mundo todo. A gente está checando os jornais de todos os países, para colecionar dados sobre o que está acontecendo ou notícias, e todos os pesquisadores estão mandando informações. Se uma coisa sai na imprensa local, eles vão mandar pra gente.

Além de contar a história, a gente faz nossas próprias matérias. Se recebemos alguma coisa da África do Sul, vamos pesquisar um pouco mais por lá, pegar uma entrevista por telefone com alguma pessoa-chave, fazer uma notícia própria com esse foco de direitos humanos de crianças envolvidas nessa situação.

Além disso, vamos ter uma bibliografia com vários artigos e livros escritos sobre o tema e também mostramos projetos do mundo todo que tentam solucionar o problema. Mas acho que a cada semana a coisa vai crescer.

Rets - O site não se encerra junto com a pesquisa, não é?

Luke Dowdney - Eu vou fazer tudo pra que continue. A pesquisa é o primeiro passo. Acho que o site tem que ter mais vida, a gente vai ter que captar mais recursos para isso. E o próximo passo é sugerir às pessoas que a gente passe a focar no problema, como uma forma de treinamento, de desenvolvimento de uma rede de pessoas tratando disso.

Outra coisa que é muito importante no nível global e em que o governo pode fazer uma diferença, sim, é na questão das armas leves e da maneira como elas estão sendo espalhadas no mundo todo, lícita e ilicitamente – e como a arma ilícita é vendida licitamente para um país e vira ilícita na venda pra outro. Essa movimentação é uma coisa que o governo pode controlar, se tiver vontade.

E outro ponto do nosso estudo é mostrar: tantas crianças estão morrendo por conta do acesso fácil a armas leves em muitos países e os governos têm de se responsabilizar. Isso não tem nada a ver com o direito de ter arma, mas com a questão da venda ilícita de armas. E é ligado também com a venda lícita porque, muitas vezes, as armas são compradas licitamente e acabam no mercado ilícito. É preciso ter mais controle na venda de armas.

Rets - O Senado brasileiro acabou de aprovar o Estatuto do Desarmamento.

Luke Dowdney - É, foi ótimo, muito bom. Mas tem várias maneiras de tratar: você tem que tratar a questão do tráfico de armas lícitas e ilícitas entre países, nas fronteiras; tem que tratar a questão do controle de armas dentro do país e também tem que controlar os depósitos de armas. Porque em muitos casos essas armas acabam voltando para a rua. E também tem a questão de demanda: esses jovens estão querendo armas, e isso tem de ser tratado através de projetos sociais.

Rets - Vocês levaram os pesquisadores estrangeiros pra visitar o Complexo da Maré [área que reúne uma série de favelas cariocas]. Que impressão eles tiveram?

Luke Dowdney - Adoraram. Foi muito importante levá-los à favela no segundo dia de conferência. Porque muitas vezes você faz um workshop sobre um determinado tema e a visita a uma comunidade é uma coisa para o final do seminário, se tiver sorte, como uma coisa extra. Para mim, não é. Todo mundo tem que ir lá no campo no primeiro ou no segundo dia. Então o primeiro dia foi pra todo mundo se conhecer e se apresentar. E no segundo, fomos a Vigário Geral [outra favela carioca], pela manhã, e na Maré, à tarde. E olhamos essas duas favelas por duas razões: primeiro, porque as duas têm histórias muito longas de violência, de guerra de facções. Em Vigário Geral, na semana anterior, 15 pessoas tinham sido assassinadas depois da entrada de traficantes de Parada de Lucas [favela vizinha a Vigário Geral. São comuns os conflitos entre traficantes das duas favelas pelo controle da região]. E na Maré nós temos problemas sérios de divisão de facções. Mas também são lugares que têm projetos focados nos jovens para tratar essa situação, seja o AfroReggae, seja o Luta pela Paz, que eu coordeno.

Em Vigário Geral a gente foi muito bem recebido pelo povo. Por causa do AfroReggae, eles estão muito acostumados a ver gringo naquela favela. Foi uma situação tensa em alguns lugares porque a comunidade acabou de ter uma grande chacina de traficantes. Na Maré foi um pouco diferente, porque não tem gringo lá. A gente já levou muitos estrangeiros para projetos, mas normalmente a gente só anda nas ruas perto, porque a favela é muito grande. São 160 mil pessoas lá, então você não vai rodar cada rua. Vigário é muito menor.

Vimos surpresa na cara de todo mundo, incluindo a polícia que está lá dentro, ocupando o morro. Mas os jovens estavam orgulhosos de mostrar a própria comunidade. E a gente mostrou um pouco da realidade de onde eles vivem. Eles adoraram os projetos e o envolvimento dos jovens. E também falaram sobre como achavam que seria muito pior do que é. Porque eles viam a mídia e achavam que seria um estado de guerra. E, na verdade, nós sabemos que às vezes é. Se você entra na favela quando tem uma invasão ou a polícia entra atirando, é guerra mesmo. Mas são determinados momentos da vida na favela e não representam a coisa toda.

Eles acharam que as favelas são muito mais desenvolvidas do que em algumas localidades parecidas em seus próprios países, em termos de estrutura, ruas... Foi, para todo mundo, uma coisa muito positiva, e querem até começar projetos parecidos. A gente já está falando com Medellín, Colômbia, pra ter um intercâmbio de projetos jovens entre as duas cidades; já estamos falando com o Haiti sobre a possibilidade de replicar alguns projetos nossos lá.


Fausto Rêgo

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