Autor original: Mariana Loiola
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Poluição atmosférica, doenças respiratórias, acidentes nas estradas, morte da fauna e da flora – estes são alguns dos problemas provocados todos os anos pelas queimadas urbanas e rurais nos municípios pantaneiros. Para enfrentar esta situação a Rede Pantanal de Organizações Não-governamentais promove, pelo segundo ano consecutivo, a Queimada Mata! - Campanha em defesa da vida. A iniciativa atinge este ano os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com foco nos municípios onde o problemas das queimadas é maior. Lançada no final do mês de julho, a campanha acontece durante o inverno, por esta ser a época do ano em que aparece o maior número de novos focos de queimadas. No ano passado, entre junho e novembro, foram detectados cerca de 10 mil focos de fogo no Pantanal (englobando os dois estados). Durante o ano todo, foram cerca de 13 mil focos.
"Fala-se todos os anos sobre os prejuízos que as queimadas causam ao Estado, à população e ao meio ambiente, mas não se faz nada. Enquanto nada for feito, o problema vai continuar", alerta Alessandro Menezes, secretário-executivo da Ecoa, instituição que coordena a Rede Pantanal. Além da Rede Pantanal - que reúne dezenas de organizações não-governamentais da região – a campanha conta com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Corpo de Bombeiros, de órgãos municipais e estaduais e das polícias Militar Rodoviária, Militar Ambiental e Rodoviária Federal.
São dois os objetivos da campanha: conscientizar a população sobre os prejuízos econômicos, ambientais e sociais que as queimadas trazem; e criar políticas de prevenção e combate às queimadas para a região, com recursos financeiros garantidos nos orçamentos dos governos municipais, estaduais e federais. "A maior dificuldade no combate às queimadas é a falta de verbas, principalmente para o Corpo de Bombeiros, que precisa de equipamentos adequados - como helicóptero, por exemplo - e para o Ibama, nas atividades de prevenção", diz Alessandro.
Entre as recomendações para prevenir as queimadas estão manter os terrenos baldios limpos e não realizar queimadas de folhagens. "As pessoas que queimam folhas não têm idéia de todos os problemas que podem causar. Além disso, essa prática é crime", ressalta Alessandro. Oficinas têm sido realizadas para que professores de escolas e lideranças comunitárias possam ser multiplicadores e difundir as informações sobre prevenção a queimadas.
A campanha tem obtido avanços importantes, segundo Alessandro, e tem conseguido mobilizar a sociedade e sensibilizar os poderes. Já existem reuniões marcadas com os governos dos estados para discutir orçamentos específicos para o combate e a prevenção das queimadas. "Acreditamos que em 2004 os dois estados (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e alguns municípios já disponham de recursos específicos para essa área", afirma.
Para adquirir o material e participar da campanha, basta entrar em contato com a Ecoa, através do telefone (67) 324-3230.
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